O Secretário provincial da UNITA, na Huila declarou recentemente, numa Conferência de Imprensa realizada na cidade capital da Província, que à medida que se vai aproximando à data das eleições, acompanha-se com justificada preocupação a prepotência da Comissão Nacional Eleitoral em violar ostensivamente a Constituição da República de Angola e a Lei.
O Dirigente considera importante denunciar a grosseira mentira da CNE que está na origem da confusão que pode perigar a estabilidade e a Paz.
No dia 21 de Abril, a CNE informou por escrito ao Presidente da República que todas as condições para a realização das eleições gerais estavam reunidas.
“A CNE mentiu Angola e os angolanos, pois, só foi na tarde desse mesmo dia que enviou convites à várias Empresas para no prazo de seis dias apresentarem duas propostas:
A primeira proposta para ajudar a produção do mapeamento das Assembleias de Voto, a elaboração dos Cadernos Eleitorais e o credenciamento dos Agentes eleitorais.
A segunda proposta para o fornecimento do material de votação e da sua solução tecnológica para o escrutínio. Como se pode ver, afinal as condições não tinham sido criadas, explicitou o Secretário Provincial da UNITA.
Adiantou ainda que a CNE simulou um concurso público, falseou a concorrência, violou os princípios da justiça, da transparência, da igualdade da probidade estabelecidos no número 3 da Lei dos contractos Públicos e adjudicou estes contractos às funestas INDRA e SINFIC, suas favoritas e co-autoras materiais das fraudes nas eleições de 2008 e
2012.
O Secretário Provincial da UNITA na Huíla, frisou também que A CNE e a SINFIC apresentaram um mapa cujos dados são díspares dos que constam no Ficheiro Informático de Cidadãos Maiores- FICM.
O mapeamento actual, segundo o Secretário Provincial, foi feito com base na nova divisão administrativa aprovada em 2015, quando o registo eleitoral decorreu nos limites da antiga divisão administrativa, o que vai resultar na obstrução do exercício do direito de voto à dezenas de milhares de cidadãos angolanos por via da sua transferência abusiva para áreas longínquas daquelas que eles próprios indicaram no acto da actualização dos seus registos. O novo mapeamento multiplicou o número de Assembleias de voto, quando o número de eleitores em relação às últimas eleições quase não se alterou.
Avançou igualmente, que na comparação deste mapa com o FICM, em todos Municípios da Província há um número superior, totalizando a considerável cifra de 16.885 cidadãos eleitores a mais.
Conforme a afirmação do Político, os huilanos estão determinados a recorrer a todos os meios legais para defenderem a sua soberania, porque afinal o processo é do povo soberano e não da CNE.
“Estamos prontos para dar seguimento às manifestações convocadas pela Direcção da UNITA e participadas por todos os cidadãos preocupados com a integridade do seu voto”. Realçou o dirigente do Partido do Galo Negro na Huíla.
Da Huíla - Eliseu Kambuta.- |