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domingo, 12 de noviembre de 2017

Comissão Parlamentar de Inquérito

Fonte :Unitaangola
Comissão Parlamentar de Inquérito para averiguar escândalo do “Fundo Soberano de Angola
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A Direcção da UNITA defende o apuramento de responsabilidades sobre o descaminho de verbas do Fundo Soberano de Angola.

Em comunicado divulgado esta sexta-feira, 10 de Novembro de 2017, em Luanda, a UNITA diz-se revoltada com as notícias realtivas “à forma irresponsável como o Governo do MPLA tem estado a tratar o Fundo Soberano de Angola, marcada por uma vergonhosa promiscuidade entre o filho do antigo Presidente da República, José Filomeno dos Santos “Zenú” e um seu amigo e sócio Jean-Claude Bastos de Morais, cujo cadastro anda maculado por crimes económicos diversos”

“Os angolanos sabem que o Fundo Soberano de Angola, criado em 2012, não existe para enriquecer ninguém, seja ele cidadão nacional ou estrangeiro. Infelizmente, as denúncias trazidas a público por mais um escândalo financeiro designado por “Paradise Papers”, representam mais uma prova da forma como Angola tem sido saqueada, décadas a fio, pelos mesmos delapidadores do erário público, pertença de todos os angolanos”, lê-se no comunicado da UNITA.

Segundo a UNITA, o roubo de três mil milhões de dólares, representando três quintos da verba do Fundo Soberano de Angola, vem traduzir-se em mais uma prova dos malefícios da corrupção e do roubo descarado na situação socioeconómica do nosso país.

Em face de tudo isso, de acordo com a fonte que vimos citando, a UNITA insta o seu Grupo Parlamentar do Partido a exigir a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, para se averiguarem responsabilidades políticas e administrativas de mais este escândalo que mancha o bom nome de Angola.

Por outro lado, a UNITA exige que a Procuradoria-Geral da República assuma as suas responsabilidades constitucionais e legais, de modo a investigar e responsabilizar criminalmente todos os envolvidos nesses actos vergonhosos, tornados públicos pelo “Paradise Papers”, responsabilizando criminalmente os prevaricadores.

“O lema “Corrigir o que está mal” apenas fará sentido quando houver coragem para responsabilizar os ladrões de colarinho branco, com a mesma determinação com que se detém e se condena os chamados “ladrões de galinha”, avança o Comunicado da UNITA, que apela ao Presidente da República a assumir com coragem o seu papel de guardião da Constituição e da Lei, mostrando que ninguém poderá ser efectivamente tão rico e poderoso a ponto de escapar à justiça e ficar impune.

“É hora de mostrar e demonstrar que “corrigir o que tem estado mal” ao longo destes anos todos não se pode ficar apenas pelas palavras”, conclui o comunicado da UNITA.