No sábado passado, 16 de Dezembro de 2017, 25 activistas da Associação Cívica para o Desenvolvimento da Cultura dos Direitos Humanos em Cabinda foram detidos, quando tentavam realizar uma manifestação convocada com o objectivo da aplicação imediata do estatuto especial do enclave e soluções aos problemas socio-económicos que afectam as famílias.
De acordo com o responsável da organização, os membros ficaram detidos por várias horas tendo sido libertados às 23 horas.
Francisco Luemba promete pedir esclarecimentos às autoridades sobre a situação.
“Primeiro é que nós vamos sempre seguir deles para justificar o porque dessas deliberações, dessas detenções, inclusivamente todos os movimentos para fazer estão sendo vigiados por elementos policiais a civil e até estão a fazer uso de meninas para poderem controlar todos os santos passos que nós estamos a dar. Mas nós não temos nada a temer, não estamos a fazer nada que não é previsto na constituição”, realçou o activista cívico.
“E, vamos continuar. Que, a marcha vai sair, vai sair. Eles não disseram nada nem o governador se pronunciou nem os homens da polícia se pronunciaram. Simplesmente quando eram 23 horas libertaram todos. Agora, talvez era só para impedir que as pessoas marchassem mas, oficialmente não existe nada que diz que não pode realizar essa marcha”, sublinhou.
O activista anuncia não desistir da manifestação.
“Vamos criar as condições. Todos eles conforme acabei de informar saíram ontem às 23 horas. A própria polícia começou a distribuir às suas respectivas residências. Vamos reunir para ver se possamos pedir contas à eles, os mandantes desse tipo de coercibilidade. E, darmos sequência. Se o governador dizer alguma coisa: vamos ver o que é que ele vai nos dizer. Ou a polícia o que é que vai nos dizer. Mas, que não desistimos dessa marcha, não desistimos não nem vamos desistir, porque a situação mesmo está mal, péssima, péssima mesmo em todas as esferas”. | |