.

.

miércoles, 11 de abril de 2018

Hospital Central do Huambo com problemas de recursos Humanos

Hospital Central do Huambo com problemas de recursos Humanos
Hospital HBO3.jpg
O Director do Hospital Central do Huambo, Jacinto Guedes afirmou no dia 10 de Abril de 2018, que a instituição que dirige enfrenta muitas dificuldades entre as quais apontou a falta de recursos humanos suficientes e a escassez de medicamentos para fazer face a demanda.

Falando a jornalistas no final da visita do líder da UNITA àquele estabelecimento hospitalar, o responsável que elogiou o gesto de Isaías Samakuva, mencionou os esforços que a sua nova equipa está a fazer para melhorar o actual quadro.

No último trimestre de 2017, mais de 100 mil casos de malária foram notificados no Huambo, e na altura dizia-se que apesar de controlado o surto da doença, a situação exigia uma pronta intervenção para se evitarem mais mortes.

Nessa época do ano o Huambo recebe enormes quedas pluviométricas, gerando um ambiente propício para a reprodução e propagação do mosquito agente causador do paludismo.

Além do paludismo, a província do Huambo também regista elevados índice de pacientes de tuberculose, uma doença infecciosa perigosa que afecta os pulmões e outros orgãos do corpo humano. Em 2017, foram diagnosticados 1484 casos de tuberculose, no Huambo, dos quais 869 com microscopia positiva, ou seja 59% com baciloscopia positiva.

Recentemente, a Professora no Instituto Superior Politecnico da Universidade José Eduardo dos Santos, Emília Marcelina dos Santos, em entrevista à VOA afirmou que os doentes de tuberculose em Angola enfrentam vários desafios para receber o tratamento, como auto-diagnóstico, auto-tratamento, falta de medicamentos e o seu alto custo, além de que várias comunidades não têm unidades de diagnóstico e tratamento.

Segundo avançou, o tratamento da primeira fase tem duração de dois meses e custa em torno de 200 dólares para os novos casos. Se o doente estiver fazendo o tratamento pela segunda vez, a primeira fase dura três meses e portanto custa mais caro.

A também doutoranda em Saúde Pública explicou que os pacientes, depois de serem dignosticados, são obrigados a procurar e a comprar os medicamentos na farmácia. No entanto, como não possuem meios financeiros desistem antes de começar. Quando o doente não recebe tratamento, acaba contaminando a comunidade onde está inserido.

De notar que durante a sua visita, o líder da UNITA visitou o hospital central do Huambo, tendo se inteirado do seu funcionamento e das suas principais dificuldades. Trocou impressões com pessoal técnico e com pacientes.
www.unitaangola.or