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lunes, 16 de junio de 2014

16/06/2014 - ANGOLA: ASSASSINAMENTO DE 3 JOVENS INDEFESOS PELA POLÍCIA NACIONAL NO DIA 4 DE JUNHO

Ministro do interior recebe falsa informação

Lisboa –   Altos funcionários do Ministério do Interior lamentam o facto de o titular, Ângelo da Veiga Tavares ter  acreditado na versão contraditória que o Comando da Provincial da Polícia Nacional de Luanda  lhe passou quanto ao  caso dos seis  agentes que no passado dia 4 de Junho do corrente, assassinaram três jovens indefesos no bairro do Golf II, em Luanda.  O lamento dos funcionários  do Interior vão ao encontro de recentes  denuncias segundo as quais a cooperação estaria abafar/ inocentar os policias implicados neste assassinato. 
Fonte: Club-k.net

Na segunda-feira passada (9),  o comandante provincial de Luanda, António Sita, informou ao ministro do interior, Ângelo da Veiga Tavares, a margem de uma reunião operativa  que os três jovens não foram assassinados por agentes da policia.   Segundo a versão do comandante de Luanda  os autores estavam numa motorizada contrariando assim a  versão da população que viu os assassinos a saírem de uma  viatura Toyota Hiace sem matrícula.

Ainda na reunião, na qual contou com a presença do comandante geral da polícia, Ambrósio de Lemos, o responsável da corporação de Luanda alegou que já tem detido um dos autores do crime. 

 Quanto ao agente Camilo Afonso Teixeira “Toledo”, identificado como autor da operação, o comandante António Sita defende-o dizendo   que o mesmo não estava a trabalhar estes dias.

A estratégia da policia em abafar o caso é vista como um artifício destinado proteger imagem da cooperação manchada com incidentes de casos de agentes que participam em raptos e assassinatos contra cidadãos indefesos. 

Os  três jovem mortos no golf II  foram  assassinados   por um grupo operativo  da  32ª Esquadra da Polícia Nacional, do distrito do Kilamba Kiaxi. O grupo segundo confirmações foi chefiado por Camilo Afonso Teixeira “Toledo”, um agente que no passado foi marginal e que é bastante querido pelos comandantes por nunca falhar em operações de execuções.

De  lembrar que as vítimas eram  Manuel Samuel Tiago Contreiras, de 26 anos, Damião Zua Neto “Dani”, de 27 anos, Gosmo Pascoal Muhongo Quicassa “Smith”, de 25 anos.