- Categoria DESTAQUES
- 31 maio 2014
Lisboa – O presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos, esclareceu na última sexta-feira, 30, em Luanda, quando proferia abertura da segunda reunião extraordinária do comitê central do seu partido, que o congresso extraordinário, marcado para o mês de Dezembro, servirá apenas para balanço e reflexão e “não irá proceder à renovação de mandatos dos órgãos de direcção”.
Fonte: Club-k.net
José Eduardo dos Santos revelou, na altura aos presentes, que a “renovação dos mandatos só acontecerá no Congresso Ordinário, previsto para o ano 2016, sob o signo da estabilidade, coesão e afirmação da liderança do MPLA na sociedade”.
Eis a íntegra do discurso do líder do MPLA:
Ilustres membros do Comité Central,
Caros camaradas,
Ao transformar a natureza, para dela retirar o que necessita, o homem também se transforma. De igual modo, quando um partido político concebe e realiza os seus planos para a transformação da sociedade, este partido também se deve transformar e crescer com essa sociedade.
Por exemplo, quando no nosso país o sistema político de partido único foi substituído pelo sistema democrático pluripartidário, o MPLA teve de transferir as suas organizações de base, dos centros de trabalho para os locais de residência, adaptando-se à nova realidade política e social.
Neste processo de mutação, o Partido deve detectar as forças sociais de mudança e compreender a sua importância, carácter e dinâmica. Deve, também, prever as tendências da evolução social, para que possa adaptar-se, conduzir os seus seguidores e o povo e manter a sua liderança.
A sua mensagem deve ser de confiança e esperança. Deve exprimir as aspirações de todos, ou pelo menos da imensa maioria da população. A sua proposta de contrato social ou de projectos concretos deve visar a construção do bem-estar e felicidade para todos.
Se o Partido não acompanhar a evolução social e estagnar, pode perder a confiança do povo e a liderança do processo de mudança. Neste caso, as forças políticas, depois de perderem o rumo dos acontecimentos, recorrem a promessas irrealistas, impossíveis de concretizar, caindo, assim, no populismo, com a intenção de enganar as massas.
Deste modo, a inserção do Partido na sociedade, como meio para a condução do processo de transformação sócia, é fundamental para a concretização do seu Programa.
Neste processo, devemos distinguir as forças de realização da transformação, que são as massas e os elementos portadores do conhecimento científico e técnico, da inovação e da capacidade de enquadramento, que são os quadros política e tecnicamente mais preparados e motivados.
A selecção destes quadros requer uma inserção adequada do Partido no seio das elites do nosso país, em todos os segmentos da sociedade e em todos os domínios do conhecimento do saber fazer, para que possamos obter a participação e colaboração daqueles que queiram contribuir para a construção de uma Angola democrática, próspera e inclusiva.
Entre nós, esta tarefa não está concluída, ao contrário da inserção do Partido no seio das massas populares, que já é um facto em todo território nacional, faltando, no entanto, tornar mais regular o diálogo entre o topo, os escalões intermédios, as bases do Partido e o povo, faltando, também, comunicar melhor e melhorar o trabalho de educação moral e cívica.
Com efeito, também no seio dos quadros, o Partido deve reforçar a sua inserção. Devemos continuar a prestar uma atenção especial ao trabalho de mobilização dos quadros que estão no país e na diáspora
Caros camaradas,
A discussão deste tema vai, certamente, dominar os debates, que terão lugar no próximo Congresso Extraordinário do Partido. Mas, peço-vos que não se esqueçam que, em 2012, durante as Eleições Gerais, anunciámos que seria realizada uma grande reforma do Estado, se ganhássemos as eleições.
Realmente, em Fevereiro de 2010 entrou em vigor a nova Constituição da República de Angola e foi iniciado um processo de ajustamento de todas as leis e regulamentos e a elaboração de novos projectos de diplomas legais, entre os quais a Lei sobre as Autarquias.
É necessário continuar este trabalho e, talvez, pensar-se na criação de uma Comissão no Partido que ajude a dar um impulso maior a este processo de Reforma do Estado.
Caros camaradas,
A nossa reunião de hoje não analisará os assuntos referentes à governação do país, porque eles já foram apreciados na reunião que efectuámos há poucos meses atrás. Vamo-nos debruçar sobre a convocatória e todos os documentos relacionados com a preparação e realização do Congresso Extraordinário, de Dezembro próximo.
Será um Congresso de balanço e reflexão, que não irá proceder à renovação de mandatos dos órgãos de Direcção. Essa renovação só acontecerá no Congresso Ordinário, previsto para o ano 2016, sob o signo da estabilidade, coesão e afirmação da liderança do MPLA na sociedade.
Termino como comecei: “Transformar a sociedade, transformar o Partido e crescer com ela”, é o que procuramos fazer sempre. Com votos de bom trabalho, declaro aberta esta reunião do Comité Central”.
Fonte: Club-k.net
José Eduardo dos Santos revelou, na altura aos presentes, que a “renovação dos mandatos só acontecerá no Congresso Ordinário, previsto para o ano 2016, sob o signo da estabilidade, coesão e afirmação da liderança do MPLA na sociedade”.
Eis a íntegra do discurso do líder do MPLA:
Ilustres membros do Comité Central,
Caros camaradas,
Ao transformar a natureza, para dela retirar o que necessita, o homem também se transforma. De igual modo, quando um partido político concebe e realiza os seus planos para a transformação da sociedade, este partido também se deve transformar e crescer com essa sociedade.
Por exemplo, quando no nosso país o sistema político de partido único foi substituído pelo sistema democrático pluripartidário, o MPLA teve de transferir as suas organizações de base, dos centros de trabalho para os locais de residência, adaptando-se à nova realidade política e social.
Neste processo de mutação, o Partido deve detectar as forças sociais de mudança e compreender a sua importância, carácter e dinâmica. Deve, também, prever as tendências da evolução social, para que possa adaptar-se, conduzir os seus seguidores e o povo e manter a sua liderança.
A sua mensagem deve ser de confiança e esperança. Deve exprimir as aspirações de todos, ou pelo menos da imensa maioria da população. A sua proposta de contrato social ou de projectos concretos deve visar a construção do bem-estar e felicidade para todos.
Se o Partido não acompanhar a evolução social e estagnar, pode perder a confiança do povo e a liderança do processo de mudança. Neste caso, as forças políticas, depois de perderem o rumo dos acontecimentos, recorrem a promessas irrealistas, impossíveis de concretizar, caindo, assim, no populismo, com a intenção de enganar as massas.
Deste modo, a inserção do Partido na sociedade, como meio para a condução do processo de transformação sócia, é fundamental para a concretização do seu Programa.
Neste processo, devemos distinguir as forças de realização da transformação, que são as massas e os elementos portadores do conhecimento científico e técnico, da inovação e da capacidade de enquadramento, que são os quadros política e tecnicamente mais preparados e motivados.
A selecção destes quadros requer uma inserção adequada do Partido no seio das elites do nosso país, em todos os segmentos da sociedade e em todos os domínios do conhecimento do saber fazer, para que possamos obter a participação e colaboração daqueles que queiram contribuir para a construção de uma Angola democrática, próspera e inclusiva.
Entre nós, esta tarefa não está concluída, ao contrário da inserção do Partido no seio das massas populares, que já é um facto em todo território nacional, faltando, no entanto, tornar mais regular o diálogo entre o topo, os escalões intermédios, as bases do Partido e o povo, faltando, também, comunicar melhor e melhorar o trabalho de educação moral e cívica.
Com efeito, também no seio dos quadros, o Partido deve reforçar a sua inserção. Devemos continuar a prestar uma atenção especial ao trabalho de mobilização dos quadros que estão no país e na diáspora
Caros camaradas,
A discussão deste tema vai, certamente, dominar os debates, que terão lugar no próximo Congresso Extraordinário do Partido. Mas, peço-vos que não se esqueçam que, em 2012, durante as Eleições Gerais, anunciámos que seria realizada uma grande reforma do Estado, se ganhássemos as eleições.
Realmente, em Fevereiro de 2010 entrou em vigor a nova Constituição da República de Angola e foi iniciado um processo de ajustamento de todas as leis e regulamentos e a elaboração de novos projectos de diplomas legais, entre os quais a Lei sobre as Autarquias.
É necessário continuar este trabalho e, talvez, pensar-se na criação de uma Comissão no Partido que ajude a dar um impulso maior a este processo de Reforma do Estado.
Caros camaradas,
A nossa reunião de hoje não analisará os assuntos referentes à governação do país, porque eles já foram apreciados na reunião que efectuámos há poucos meses atrás. Vamo-nos debruçar sobre a convocatória e todos os documentos relacionados com a preparação e realização do Congresso Extraordinário, de Dezembro próximo.
Será um Congresso de balanço e reflexão, que não irá proceder à renovação de mandatos dos órgãos de Direcção. Essa renovação só acontecerá no Congresso Ordinário, previsto para o ano 2016, sob o signo da estabilidade, coesão e afirmação da liderança do MPLA na sociedade.
Termino como comecei: “Transformar a sociedade, transformar o Partido e crescer com ela”, é o que procuramos fazer sempre. Com votos de bom trabalho, declaro aberta esta reunião do Comité Central”.