Angolano reclama de atendimento médico no sector público
Francisco Eduardo Sonda, de 25 anos, é técnico em electricidade e
trabalha por conta própria em Luanda. Ele conta que não é fácil
conseguir um emprego na capital e que é muito importante conhecer alguém
que possa dar um empurrãozinho para que as coisas aconteçam. No
momento, ele diz que os negócios vão bem.
O que não vai bem na capital angolana é a saúde, segundo Sonda. Ele
qualificou o atendimento no hospital central como desorganizado.
Sonda lembrou da dificuldade que passou há dois anos quando precisou
consultar um urologista. Ele tinha uma consulta marcada no hospital Dona
Maria Pia. Foi ao hospital na hora indicada, mas o médico não estava lá
para atendê-lo. Para conseguir ser atendido precisou de ir a uma
clínica privada e desembolsar 300 dólares. Se tivesse sido atendido por
um médico no hospital central de Luanda, teria gasto um pouco mais de 80
dólares.
Francisco Eduardo Sonda diz que o angolano enfrenta esta realidade
todos os dias e conta que agora quem está a sofrer com isso é a mãe
dele. Ela tem dores de cabeça e precisa ser atendida por um médico, mas
já se passaram quatro meses e nada aconteceu. Ela marca a consulta, vai
ao hospital e não tem médico para atendê-la. Sonda diz que a única
solução que há é economizar dinheiro para poder marcar uma consulta numa
clínica privada.