GOVERNO CORTA SALÁRIOS DE PROFESSORES QUE CONTINUAM
EM GREVE NA HUÍLA
GOVERNO CORTA SALÁRIOS DE PROFESSORES QUE CONTINUAM
EM GREVE NA HUÍLA
- 28 julho 2014
Luanda
- Mais de 90 por cento dos professores viram os seus salários do mês de
Julho descontados em mais de 90 por cento em consequência das 20 faltas
de ausência do local de trabalho aplicada a cada docente.
Fonte: VOA
A
medida proposta pelo Governador João Marcelino Tchipingui (na foto),
soube a Voz da América, não terá encontrado consenso entre os membros do
próprio Executivo pois para alguns a decisão só iria piorar a crispação
entre professores e Governo.
Entretanto,
o poder do chefe do Executivo se sobrepôs aos demais, pois, João
Marcelino Tchipingui, terá entendido que desta forma estaria a
desencorajar a manutenção da greve.
O
efeito imediato da decisão aconteceu no passado sábado com os
professores em assembleia a optarem pela manutenção da greve por tempo
indeterminado.
O professor, José,
perante a alegada incapacidade de solucionar o problema, defendeu a
demissão do Governador e do titular da pasta da Educação na província.
“Nós
angolanos devemos ter a cultura de demissão. O senhor Governador da
província da Huíla devia vir a público demitir-se, assim como o senhor
director provincial da Educação na Huíla”.
O
secretário provincial do Sinprof João Francisco disse que o desconto
salarial efectuado aos professores fez mal ao já tenso ambiente.
“ Os professores pedem uma explicação de como é que é possível que o autor do problema continue impune. Estão à espera que essa pergunta seja respondida pelo senhor Governador e aos professores que vão analisar se podem suspender a greve”.
Preocupada
com as consequências da greve sobretudo para as crianças, sectores da
sociedade civil ofereceram-se para mediar o conflito laboral entre o
Sinprof e o governo da Huíla.
O
vigário-geral da arquidiocese do Lubango, padre Maurício Capembe,
defende um diálogo transparente entre as partes e uma melhor sintonia
entre as instituições do Governo.
“Penso
que falta um diálogo transparente em que também temos dificuldade de
estruturação dos sectores, uma vez que nem tudo depende, por exemplo, da
direcção provincial da Educação, mas depende também de sectores como
das finanças e do trabalho, o chamado MAPTSS.”
A
VOA sabe que está agendado para Luanda um encontro que deverá juntar na
mesma mesa representantes do SINPROF a nível nacional e o do ministério
da Educação e no qual a greve na Huíla deve ser um dos pontos a
analisar.