.

.

jueves, 11 de septiembre de 2014

11.09.2014 - Moradores do antigo bairro da Boavista em Luanda queixam-se da falta de tudo

Moradores do antigo bairro da Boavista em Luanda queixam-se da falta de tudo

Angola Baía de LuandaSem água, nem luz, as casas no Zango 2 apenas têm paredes e tecto.

Os antigos moradores da Boavista transferidos para o Zango 2 continuam à espera por melhorias de condições de habitabilidade no seu novo bairro. Os desalojados da zona costeira queixam-se da falta de água potável e de energia eléctrica que tem propiciado o aumento de roubos.                                
                                                                                                            Angola Baía de Luanda 
Há quatro meses que as mais de 300 famílias retiradas das suas casas na zona da Boavista clamam pelo abastecimento de água potável e de energia eléctrica no Zango 2, onde foram colocadas em casas sem portas, sem janelas e sem tecto, praticamente apenas com paredes.
Algumas casas já tiveram acabamento com tecto, janelas e portas, contudo os antigos moradores da Boavista continuam à espera da canalização de água potável e energia eléctrica, bens que tinham de sobra no antigo bairro.
Em declarações à VOA, uma moradora que pediu o anonimato disse: “Na Boavista vivíamos bem, tínhamos água potável e luz, e nos meteram aqui sem água, nem luz, aqui não temos nada senhor, como vê aqui está tudo mal",
Por outro lado, na calada da noite, como não há iluminação, os amigos do alheio aproveitam-se da situação para fazer das suas. "As botijas de gás e os aparelhos de som são os alvos preferenciais dos bandidos", conta outro morador que diz ter sido um retrocesso a saída do bairro da Boavista.
Para o vice-coordenador da organização não-governamental SOS-Habitat André Augusto pouco ou nada pode fazer por estas pessoas. "Temos tentado sempre tratar com as instâncias do Estado sobre estas violações no sentido de solicitar as autoridades a inverterem o quadro, mas infelizmente continuamos a ser vistos como opositores, temos tido pouca aceitação sobretudo dos governos provinciais que se negam em receber-nos", lamenta aquele responsável.