Governo promete devolver restos mortais de Savimbi
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- 23 fevereiro 2015
Lisboa
- As autoridades angolanas e uma equipa de negociadores da UNITA
estarão prestes de alcançar entendimento quanto ao final a dar aos
restos mortais do líder fundador do maior partido da oposição morto
pelas forcas governamentais a 22 de Fevereiro de 2002, algures na
província do Moxico.
Fonte: Club-k.net
De
acordo com os últimos desenvolvimentos, dos contactos, as autoridades
angolanas comprometeram-se em entregar, no ano de 2016, os restos
mortais de Jonas Savimbi, do seu sobrinho Ílias Salupeto Pena, e do
antigo Vice-Presidente da UNITA, Geremias Chitunda, assassinado nos
confrontos pos-eleitoral, em 1992.
A UNITA, encara com reticencias a
proposta governamental de entregar os corpos apenas em 2016,
suspeitando que os seus adversários políticos queiram entregar um ano
antes das próximas eleições no país, no sentido de haver aproveitamento
eleitoral com vista ao regime propagar o seu gesto de “boa vontade” e
colaboração no encerramento deste dossier.
As autoridades comprometeram-se também
em cobrir com 50% das despesas do funeral enquanto que a UNITA cobre o
restante. O funeral “condigno” de Jonas Savimbi está destinado a ser um
evento tradicional de dimensão inédita (ou comparada ao de Agostinho
Neto) que suscitara curiosidades ou de outras atenções especiais que
poderão se deslocar na comuna de Lopitanga, no município do Andulo, que
é a localidade que em vida, Jonas Savimbi sempre desejou, que fosse
ai sepultado junto ao túmulo dos seus pais.
Jonas Savimbi, foi inicialmente
enterrado no cemitério municipal do Luena, a 24 de Fevereiro, numa
cerimonia distanciada dos procedimentos tradicionais pretendido pela
família. Face a carga de chuva que teve lugar no dia depois ao seu
enterro, na capital do Moxico, os seus restos mortais foram secretamente
desenterrados e transportados para Luanda.
Tendo em conta ao estado de putrefação
do cadáver resultado das balas incendiadas a que foi alvejado, os
restos mortais de Savimbi foram submetido a tratamento especial de
conservação encontrando-se, agora, numa área de acesso restrito, no
mausoléu Dr. António Agostinho Neto, em Luanda, ao lado do cadáver de
Salupeto Pena e de Geremias Chitunda.