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lunes, 15 de agosto de 2016

UNITA desmente seu envolvimento na morte do adolescente Rufino Marciano António no Zango 2


Fonte :Unitaangola


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NOTA DE IMPRENSA
O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA refuta em termos mais enérgicos e categóricos, as declarações irresponsáveis do Coronel das Forças Armadas Angolanas, Silvano Ndongua, que tentou justificar a morte do adolescente Rufino Marciano António com acusações infundadas à UNITA.

O Secretariado Executivo do Comité Permanente desmente a acusação gratuita e caluniosa e fica estupefacto ante a leviandade com que se atribui à UNITA erros da exclusiva responsabilidade dos efectivos comandados pelo oficial acusador, que cumprindo as chamadas ordens superiores remeteu famílias inteiras ao sofrimento.


As populações apanhadas de surpresa pelo martelo demolidor, tentaram defender os seus direitos adquiridos legalmente que estavam a ser violados por quem os devia defender. Foi contra essas famílias clamorosas e indefesas, que os efectivos sob o comando do Coronel Silvano Ndongua, do Posto Comando Unificado – PCU, dispararam sem dó nem piedade, numa demonstração de elevado grau de militarismo e desrespeito à vida e dignidade humanas.

A UNITA é uma organização política nacionalista e patriótica que luta pela realização das aspirações do povo angolano. O incitamento à violência e ao uso abusivo da força contra quem quer que seja, não faz parte da estratégia e postura da UNITA. Aliás, o país vive o presente clima de paz e estabilidade política graças ao facto de a UNITA pregar insistente e constantemente a tolerância e a convivência pacífica entre irmãos da mesma pátria.

As declarações do oficial das FAA espelham inequivocamente o perigo que representam homens armados sem qualquer preparação política e patriótica e que veem nas armas a sua fonte de poder.

Preocupado e consternado com as recorrentes acções de triste memória, o Secretariado Executivo do Comité Permanente apela às instâncias competentes a assumirem as suas responsabilidades perante os violadores de direitos e da integridade física e psicológica das populações.

Segundo o artigo 207º da Constituição da República de Angola, “as forças armadas angolanas são a instituição militar nacional permanente, regular e apartidária, incumbida da defesa militar do país, organizadas na base da hierarquia, da disciplina e da obediência aos órgãos de soberania competentes, sob a autoridade suprema do Presidente da República e Comandante-em-Chefe.

Constitui desvio e utilização indevida das Forças Armadas Angolanas o seu envolvimento em actos de demolições de residências de populares, na violação de mulheres e na morte de pessoas como acaba de ocorrer recentemente na zona do Zango 2, onde não foram respeitado os direitos de cidadãos que faziam a sua vida há mais trinta anos, na área.

Mais do que lamentar e prometer investigar, os órgãos de direcção das FAA devem evitar que as armas de fogo provoquem mais mortes entre angolanos em tempo de paz e evitar a sua utilização indevida.

Luanda, aos 12 de Agosto de 2016.

O Secretariado Executivo do Comité Permanente da UNITA
Foto de UNITATV Angola.