Falando sobre a Manifestação convocada pelo Comité Permanente do seu partido, durante o “Diálogo com o Cidadão”, dessa terça-feira, 30 de Maio de 2017, na Rádio Despertar, o Presidente da UNITA, Isaías Samakuva esclareceu as razões da sua convocação, afirmando que, visa protestar contra as constantes violações à Lei, que, a Comissão Nacional Eleitoral tem estado a fazer.
Isaías Samakuva reiterou o apelo da participação de todos a este evento cívico e de cidadania.
“Esta nossa presença aqui, coincide com a manifestação decidida pelo Comité Permanente do nosso Partido (…) exactamente, para protestar contra as constantes violações à Lei, que, a nossa Comissão Nacional Eleitoral tem estado a fazer”, explicou o Presidente da UNITA, reiterando o apelo para que todos os angolanos, sejam eles de que cor política forem, e que concordam connosco, de que é preciso que, sendo Angola um estado de direito e democrático, de facto, se paute pelos princípios”.
O líder da UNITA apontou a falta da auditoria ao Ficheiro Informático dos Cidadãos Maiores (FICM), pela CNE, como sendo das várias irregularidades, que o seu partido vai exigir a correcção por parte da Comissão Nacional Eleitoral.
“Porque a Lei prevê essa auditória, e havendo algumas nuvens, algumas zonas cinzentas no processo, seria de bom-tom fazermos esta auditoria. É de Lei, por conseguinte não estávamos a fazer nada que, não estivesse estabelecido. Infelizmente, porém, a CNE, que deveria fazer essa auditória ao receber os dados do registo, a CNE, não fez”, apontou Isaías Samakuva, enfatizando que apesar de todas as solicitações e da insistência, esta auditoria ainda não foi decidida, e por conseguinte, não foi feita”.
Questionado sobre uma eventual possibilidade da manifestação ser reprimida pelas autoridades policiais, o presidente da UNITA disse acreditar que os agentes e os responsáveis da corporação são homens de bem e a partidários, que estarão ali para cumprir a Lei, como sua missão primordial.
“Primeiro, eu não acredito, espero que as autoridades, que são a princípio homens de bem, e que espero que não venham provocar nada. Porque nós estamos a dizer que a manifestação é, essencialmente para repor a Lei, é contra as violações à Lei. Se alguma autoridade vem e provoca confusão, provoca distúrbios (…) esta autoridade está contra a Lei. E, nós, não vamos nos levar, vamos combater tudo o que for contra a Lei. Essas forças, primeiro e antes de mais, essas forças de segurança são apartidárias, e estão ali, não só para fazer cumprir a Lei. Portanto, elas têm de cumprir a Lei em primeiro lugar, mas em segundo lugar são homens que como nós, sofrem”. | |
