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jueves, 23 de noviembre de 2017

Falta de confiança leva a permanência de Familiares fora dos Hospitais

Fonte :KUP
Falta de confiança leva a permanência de Familiares fora dos Hospitais
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A falta de confiança dos familiares dos doentes internados nas unidades hospitalares, sobretudo, no Américo Boa-vida, em Luanda é um dos motivos que faz com que os mesmos permaneçam nos passeios das unidades sanitárias, afirmou hoje, segunda-feira, em Luanda, o médico Pedro Rosa.

Em declarações à Angop, o especialista em Ortopedia disse que a permanência de familiares nas imediações dos hospitais é uma questão social e de consciência, pois os pacientes recebem todos os cuidados dentro do hospital, desde a medicação até a alimentação.

Segundo o médico, é preciso fazer todos os possíveis para que a população mude de pensamento e ganhe cada vez mais confiança das instituições sanitárias, passando uma imagem de credibilidade, para que ela não continue a pernoitar ao ar livre.

“ Com essa prática, os familiares estão sujeitos a todos os riscos, como serem assaltados e adquirir diversas doenças, devido a forma que ficam expostos ao ar livre diariamente, enquanto o seu familiar estiver internado”, salientou.

De acordo com a fonte, muitos familiares apontam que a distância de suas residências para o hospital e a falta de dinheiro como razões que os leva a pernoitar ao redor ou próximo da instituição sanitária.

Reconheceu ser necessário incutir a mudança de mentalidade com persistência, para que se altere o quadro actual, educando a população para deixar de dormir e vender produtos nos passeios dos hospitais.

Acrescentou que esta sensibilização deve ser feita pelas administrações distritais ou municipais, com a realização de palestras, na presença de psicólogos para persuadir os familiares a deixar de permanecer nos hospitais.

Disse que esses familiares acumulam lixo do que consomem na porta do hospital, assegurando que o mesmo permite a disseminação de diversas doenças, entre elas a malária e a febre tifóide.

António Panguila, funcionário público, que tem a filha internada com malária, disse permanecer fora do hospital porque os medícos há um ano solicitavam aos parentes algums materias e medicamentos.

“Eu já tive vários familiares aqui internados e, muitas vezes, foi-me pedido até medicamentos em falta no hospital, apesar de que há mais de um ano não ouço solicitação do género, mas, por uma questão de habito e prevenção, pernoito aqui”, realçou.
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