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viernes, 26 de octubre de 2018

Analistas criticam tratamento dado ao pronunciamento do Líder da UNITA

Analistas criticam tratamento dado ao pronunciamento do Líder da UNITA
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O Presidente da UNITA, Isaías Samakuva exerceu na passada segunda-feira, 22, o seu direito de reagir ao discurso sobre o Estado da Nação do Presidente da República, João Lourenço.

A forma depreciativo como os órgãos públicos trataram do pronunciamento do líder da UNITA tem sido alvo de crítica da parte de conceituados analistas políticos da nossa praça.

Reginaldo Silva, Jornalista e membro da ERCA escreveu no seu mural no facebook que “a TPA e a Zimbo “perderam” esta segunda-feira uma grande oportunidade para melhorarem (ou alterarem completamente?) o seu paradigma no tratamento da informação política, concedendo à oposição o espaço que ela merece por direito num Estado Democrático que se preze”.

“O discurso de Isaías Henriques Ngola Samakuva, enquanto líder do maior partido da oposição, em resposta à mensagem sobre o estado da nação do PR, deveria necessariamente merecer um outro destaque nos dois telejornais com espaço reservado para a sua análise em estúdio”, insiste Reginaldo Silva, sugerindo que “menos do que isto já não devia ser aceitável em nome do tratamento equilibrado que os dois principais protagonistas da nossa vida política devem merecer por parte das nossas televisões, com as atenções voltadas para a TPA”.

Para o profissional, “Menos do que isto foram as “migalhas” habituais com que a já tradicional reacção do Líder da UNITA ao discurso sobre o estado da nação foi mais uma vez brindada esta noite.

Por seu turno, Marcolino Moco, Jurista, Escritor e docente universitário diz não ter gostado nada da forma como foi tratado o discurso de Isaías Samakuva, líder da oposição, em relação à sua apreciação do discurso sobre Estado da Nação de João Lourenço.

“Outros observadores repararam, particularmente, na brevidade com que perpassou um assunto em que a oposição deve ser necessariamente ouvida com alguma exaustão. A mim preocupou, especialmente, a epígrafe dada à matéria que pouco correspondia ao conteúdo, cheirando novamente a um certo “bajulismo” que o próprio presidente João Lourenço, como chefe do partido no poder, sublinhou que não queria mais, por nada deste mundo, no congresso da sua consagração”, escreve Marcolino Moco.

Perante as mudanças que África vai registando e a determinação manifestada por João Lourenço em relação à certas práticas nocivas à nossa sociedade, Marcolino Moco faz a seguinte apreciação:
“ Se se trata de auto censura, preocupa-me que haja gente que ainda não percebeu que com isso não se ajudam nem ajudam a ninguém, lição que devia ser apreendida, em tantos anos de tantos medos e cobardias! Não é só Angola, a África vai e está a mudar. Se se trata do regresso do “ordens superiores” então a minha preocupação é maior. Será que não se entendeu que foi esta coisa de impedir que a chefia oiça o bom e o mau que acontecem, que nos levou até onde estamos: num rico pobre país?”, conclui o analista.
www.unitaangola.org