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lunes, 1 de octubre de 2018

Analistas esperam acções de maior impacto da Governação de João Lourenço

Analistas esperam acções de maior impacto da Governação de João Lourenço
PR-MPLA 26 de Setembro de 2018.jpg
Foi há um ano que João Lourenço assumiu a Presidência da República de Angola. De lá para cá, o seu mandato tem sido marcado por promessas e poucas realizações.

Sérgio Calundungo, do Observatório Político e Social de Angola, afirma, para muitos dos angolanos, o que foi, de certa forma surpreendente, foram algumas das decisões que tomou nos ritmos e nos “timings” que o fez, pois, que nos últimos tempos nunca a Instituição Presidência da República gozou de muita popularidade.

“Eu acho que Angola continua confrontada com uma série de problemas económicos e sociais, não ficou resolvido. Um ano, reconhecemos que é pouco; boa educação, boa saúde, a economia não melhorou; Um ano é muito pouco tempo para fazer isto, sim, mas o que é dramático é que, não vislumbro que haja alternativas, ou seja não há um discurso que diga como vamos poder melhorar”, afirmou o analista social.

Na esfera das Liberdades, Domingos Major, Secretário-Geral da Associação para o Desenvolvimento Rural de Angola destaca a realização de mais acções reivindicativas sem impedimento.

“Sem dúvidas estamos muito melhor já, desta vez conseguimos ouvir, falar, e ver manifestações sem qualquer tipo de repressão ou qualquer tipo de impedimentos, o que não víamos há bastante tempo, tirando as manifestações que o MPLA quisesse organizar. Hoje não. Hoje vemos diferentes tipos de manifestações, diferentes formas de expressão crítica a serem levadas para frente, greves e coisas dessa natureza. Há sem dúvidas uma evolução substancial no diz respeito a isso”, afirmou, considerando ser, ainda insuficiente.

“É preciso muito mais. Se as pessoas poderem falar, portanto, melhor”, disse sublinhando que, se as pessoas poderem perceber que, há espaço suficientemente aberto para que elas possam contribuir, evidentemente que a panela de pressão deixará de existir, e que, portanto, os frutos serão bastante maiores.

O Secretário-Geral do Sindicato dos Enfermeiros, uma das primeiras Instituições a utilizar a lei da greve, na Presidência de João Lourenço, Vieira Matete, diz que, as suas negociações com o governo têm corrido bem, embora nunca falte os impasses, o governo tem cumprido com alguns pressupostos.

O Técnico explica que, “O ministério já tem conhecimento dos assuntos, e vamos esperar que, o governo dê solução dos assuntos que preocupam todos os enfermeiros quer a nível de Luanda, assim como a nível nacional”.

Para o Economista José Chilundulo, “O surgimento de um novo Presidente, trouxe também uma nova forma de abordar o país, e com ela veio um pouco mais de liberdade, que é a condição sine qua non para a realização económica; há uma visão mais real sobre país, que implica o reconhecimento das nossas falhas, das nossas insuficiências”, no consulado em que o actual Presidente da República advoga o combate a corrupção, nepotismo e impunidade como acções a concretizar.
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