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lunes, 1 de octubre de 2018

PIR acusada de agredir trabalhadores a pedido da Empresa

PIR acusada de agredir trabalhadores a pedido da Empresa
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Os trabalhadores da Sociedade Mineira do Cuango estão em greve, desde Domingo, 22 de Setembro, de 2018, em protesto contra supostas agressões e ameaças com armas de fogo, feitas pela Polícia de Intervenção Rápida (PIR), a mando da direcção daquela empresa.

Segundo Nelson David Samuhanga, que revelou o facto à VOA, tudo começou depois dos trabalhadores exigirem o levantamento de um castigo aplicado ao secretário sindical, por razões que afirmam não terem qualquer fundamento.

O castigo aplicado ao secretário sindical é interpretado pelos trabalhadores como sendo retaliação contra os contactos que estes mantiveram com deputados durante uma recente visita à região.

“Depois dos deputados voltarem, a empresa instaurou um processo disciplinar ao primeiro secretário onde a empresa inventou muitas coisas”, disse.

Samuhanga afirmou também.

“Chamaram a Polícia, vieram com tiro, granadas, iniciaram a rebentar os nossos meios, os nossos colegas pararam no hospital, algemaram os nossos colegas”.

Os grevistas exigem como condição para o levantamento da greve, a dispensa dos expatriados em idade de reforma, a anulação da sanção disciplinar contra o secretário sindical e o afastamento de alguns responsáveis da empresa, acusados de serem os principais mentores dos maus tratos e despedimentos ilegais de trabalhadores.

Os reivindicadores reclamam ainda o equilíbrio salarial entre nacionais e estrangeiros com a mesma qualificação profissional estando a exigir do organismo de tutela, uma sindicância à tesouraria da empresa “Sociedade Mineira do Cuango”, integrada pelas empresas Endiama, ITM e Lumia.
www.unitaangola.org