Presidente Samakuva fala sobre mudança que os Angolanos Anseiam | ||||||||||||||||
O Presidente da UNITA, Isaías Samakuva considerou o momento político actual como importante, crucial, interessante e envolvente, porque os angolanos estão a testemunhar, pela primeira vez, um Presidente da República reconhecer e combater alguns dos erros da História política do seu próprio Partido, e da sua governação, que tiveram sério impacto nas conflitualidades que o País viveu e no estado de falência moral e financeira em que se encontra. “O Presidente João Lourenço parece ter entendido o clamor do povo por mudança. Se o faz apenas para salvar o MPLA ou para permitir o resgate da Pátria angolana para os angolanos, só o tempo dirá”, sentenciou, sublinhando que alguns actos de coragem demonstrados pelo Presidente da República no primeiro ano do seu mandato colocam-no mais próximo dos anseios do povo por mudança, tal como advogada pela UNITA, do que das forças de bloqueio à mudança. De acordo com Isaías Samakuva, estão equivocados aqueles que afirmam que o Presidente esvaziou o papel da oposição democrática na nossa República. “Estão enganados porque é exactamente o contrário. É o Presidente da República que vem ao encontro dos anseios do povo por mudança. E é assim que deve ser. A democracia concretiza-se precisamente quando o representante que governa adopta como agenda do Estado democrático a satisfação dos anseios dos governados. Isto assim é porque democracia significa governo do povo, pelo povo e para o povo”. O líder da UNITA entende que a correcção do que está mal no país, passa pelo reconhecimento das raízes do mal. “A raiz do que está mal na governação não é a corrupção, nem a impunidade, nem a bajulação. Estes três males são consequências de um mal muito maior, que é a raiz de todos os males. A raiz do que está mal na governação de Angola é a própria natureza do regime político instalado em Angola pelo MPLA, (…) que capturou o Estado e apoderou-se da economia nacional, com o objectivo calculado de criar teias de cumplicidades para subjugar a cidadania angolana e perpetuar-se no poder”, disse o líder da UNITA. Segundo Isaías Samakuva, não tendo o MPLA assumido efectivamente o regime democrático, passou a utilizar as instituições políticas, económicas e judiciais do Estado como instrumento para a manutenção do poder hegemónico. A economia ficou prostituída, os processos eleitorais foram viciados e a justiça tornou-se uma quimera. “Nesse contexto, o Estado tornou-se o pai da corrupção, o principal corruptor da Nação. Todos passaram a roubar, porque todos se aperceberam que o roubo começa lá em cima, e é protegido lá de cima. Todos passaram a defraudar, porque todos se aperceberam que tudo é uma fraude: o certificado de habilitações literárias é uma fraude, os contratos com o Estado são uma fraude, as ordens de saque são uma fraude, as eleições são uma fraude. Portanto, a atitude geral passou a ser “deixe-me tirar a minha parte”. “Esta é a nossa Angola. Tenho de salvar o pão das crianças”, apontou. |
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