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viernes, 15 de marzo de 2019

Jurista atribui morte da Zungueira à desorganização do Estado

Jurista atribui morte da Zungueira à desorganização do Estado
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A Presidente da Associação das Zungueiras, a jurista Amor de Fátima considerou que a morte da vendedora ambulante na zona do Rocha Pinto, distrito da Maianga, revela desorganização do Estado.

Amor de Fátima que reagia ao acontecimento fatal que afectou também outros cidadãos na sequência dos disparos efectuados no meio da multidão, qualificou ser um caos a situação vivida na noite do crime protagonizado pela polícia.

“O que aconteceu ontem no Rocha Pinto foi um caos, houve inocentes que foram parar nos hospitais, porque a população que estava aí basicamente enfurecida por aquela atitude que levou à morte a senhora, não poupou viaturas, não poupou. Entramos num estado desgovernado, no caso, dos agentes da polícia que, normalmente por alguma razão acabam por abarcar para si o poder que lhes foi dado pelo Estado”.

De acordo com a responsável, “O processo de resgate da autoridade do estado parece que só está a passar de lado. Não vemos com essa atitude qualquer mudança da parte da polícia, visto que os excessos estão aí visíveis”.

A Jurista aconselha que, é preciso trabalhar naquilo que é a Lei Comercial, divulgá-la, e olhar para actividade da Zunga como uma actividade legal. A venda ambulante está estabelecida na lei da actividade comercial, e é legal.

O Comandante Geral da Polícia Nacional, Paulo de Almeida, pediu nesta quarta-feira desculpas à família de Juliana Cafrique, de 29 anos e a sociedade, vítima mortal de um disparo de arma de fogo protagonizado por um agente da corporação, no final da tarde de terça-feira, no Rocha Pinto, em Luanda.

Paulo de Almeida falava em exclusivo ao Jornal de Angola onde garantiu que o agente que disparou contra a vendedora ambulante está já detido e foi submetido a um processo disciplinar e criminal que, poderá culminar com o seu afastamento da corporação, por má conduta.

O responsável da Polícia Nacional admitiu que, o agente da corporação falhou durante a sua actuação, e nunca deveria utilizar arma de fogo diante de uma cidadã indefesa.

“Sempre aconselhamos os nossos efectivos que, em caso de os cidadãos que fazem a venda ambulante estiverem a prejudicar o trânsito e se afectar a ordem pública devem somente aconselhar para se retirarem dos locais de forma pedagógica, evitando usar a arma de fogo”.
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