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jueves, 28 de marzo de 2019

Libertação de Filomeno e Bastos de Morais ofusca combate à Corrupção

Libertação de Filomeno e Bastos de Morais ofusca combate à Corrupção
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O governo sombra da UNITA, dirigido pelo seu Primeiro-ministro, Raúl Danda, promoveu na tarde desta quarta-feira, 27 de Março de 2019, na Presidência deste partido, em Luanda, uma conferência de imprensa para diferentes órgãos de comunicação social nacional e internacionais que visou informar sobre os recentes acontecimentos socioeconómicos e político do país.

Na sua comunicação aos jornalistas, Raúl Danda falou sobre as chuvas que se abateram nos últimos dias nas Províncias de Benguela, Kwanza Sul e Luanda, considerando que deixou uma fotografia recorrente de inundação de habitações, instituições públicas de grande utilidade social e, mais dramático, as mortes de dezenas de cidadãos.

Destacou ainda os choques que se têm registado, que envolvem agentes da Polícia Nacional e cidadãos; o desfecho do mediático caso ligado ao Fundo Soberano, com a soltura dos cidadãos José Filomeno dos Santos e Jean-Claude Bastos de Morais, a morte de cidadãos por acidente de viação nas províncias do Kwanza Norte e Malanje, o drama dos cidadãos do prédio Baleizão, colocadas em condições inóspitas na Zona do Zango, aqui em Luanda; finalmente, o arranque das aulas no subsistema de ensino Superior.

Em relação o desfecho do caso Fundo Soberano,que envolvia José Filomeno dos Santos e Jean-Claude Bastos de Morais,a UNITA considera na voz do seu Primeiro-ministro do governo sombra que, “Os argumentos esgrimidos pelo Ministério Público não são juridicamente convincentes, e deixaram dúvidas sobre a seriedade do processo do propalado combate contra a corrupção e a impunidade”.

O Vice-presidente da UNITA justifica a falta de seriedade do combate levado a cabo pelo governo angolano pelas palavras proferidas pelo Presidente da República, e das afirmações do Juiz Presidente do Tribunal Supremo aquando da abertura do Ano Judicial 2019, recentemente na cidade do Lobito, província de Benguela.

“Dois exemplos, que não vêm de nós, surgem para nos dar razões. O primeiro, que já tivemos ocasião de trazer a público, é o facto de o próprio Presidente João Lourenço ter admitido, em entrevista, que está a “mexer” em cidadãos, quando isso devia ser papel da Procuradoria e dos Tribunais. O segundo, é o desabafo feito há alguns dias, quando se procedia à abertura do Ano Judicial, na cidade do Lobito, pelo Juiz Presidente do Tribunal Supremo, transladado há não muito tempo do Tribunal Constitucional, Dr. Rui Ferreira, quando dizia, na sua intervenção, fazer votos que o Poder Judicial saísse definitivamente da dependência do Poder Executivo, mais palavra, menos palavra”, disse o segundo responsável da UNITA.
www.unitaangola.org