PRS condena campanha de difamação do MPLA em manchar a UNITA
- Categoria Política
- 27 maio 2014
Luanda
– O Secretariado Executivo Nacional do PRS reunido em Luanda aos 25 de
Maio de 2014, sob a presidência do seu presidente Dr. Eduardo Kuangana,
depois de ter analisado assuntos da vida sócio-política do país, com
maior enfâse para a problemática das comemorações da Batalha do
Cuito-Cuanavale pelo Executivo, a Conferência do Partido UNITA sobre o
mesmo assunto, e os artigos publicados pelo Jornal de Angola nos dias
17, 19, 20, 21, 22 e 24 de Maio do corrente ano, produziu o seguinte
comunicado de imprensa.
Fonte: Club-k.net
1. A paz do calar das armas que o país vive, é consequência dos acordos de paz de Bicece-Portugal, assinados a 31 de Maio de 1991, do Protocolo de Lusaka-Zambia, rubricados em 1994, e o Memorando de Entendimento do Luena-Moxico, assinado no ano de 2002, entre o MPLA representado pelo Governo e a UNITA.
Se houve negociações e acordos que proporcionaram a paz e amnistiaram todos os crimes cometidos durante o conflito armado pelas duas partes que haviam mergulhado o país numa guerra inglória que regrediu Angola do ponto de vista de desenvolvimento e de afirmação no contexto das nações, sobretudo, quando o processo democrático deveria ser aplicado no quadro do Protocolo de Alvor de 1974, é porque não houve vencidos nem vencedores. Assim sendo, o PRS acha que é extemporâneo, insensato e pouco inteligente, comemorar batalhas de uma guerra fratricida.
2. Comemorar batalhas de uma guerra que destruiu e ceifou a vida de muitos angolanos é ultraje, a memória dos nossos ente-queridos perecidos nestas batalhas, para além de minar a reconciliação em curso e os acordos ora assinados. O PRS entende que a única forma de comemorar e honrar a memória dos combatentes tombados em todas as batalhas que o país registou, é a criação de condições materiais e a atribuição de uma pensão vitalícia condigna para cada ex-militar das FAPLA, FALA e ELNA que sobreviveram da guerra e, suas respectivas famílias.
3. O PRS entende que o perdão e a reconciliação nacional não deviam ser encarados como o restabelecimento de simples relações entre pessoas que andavam desavindas. O perdão e a reconciliação nacional devem ser encarados e aliados à concordância, conformidade, cordialidade, entendimento, amor e harmonia, ou seja, como factores primordiais que imperam na geração da liberdade, estabilidade, democracia e o desenvolvimento do país.
4. Os meios de comunicação social dirigem-se as pessoas que têm crenças, valores, e desejos; são cidadãos com características formadas por diversas matizes biológicas, ideológicas, económicas, culturais e religiosas. Como é natural, estes, formam opiniões com estas características e necessidades individuais, somado ao ambiente externo e a conjuntura em que eles se encontram. Portanto, não é correcto e muito menos digno, um órgão de comunicação social público com tamanha responsabilidade, como é o Jornal de Angola enveredar, pelo insulto gratuito, pela ofensa, injúria e incitamento a violência. Tomemos o exemplo do genocídio ocorrido na República do Ruanda, por sinal, atiçado por um meio de comunicação social.
5. O PRS entende que o orgulho da razão patenteado pelo quem está à governar o país na defesa da vitória da Batalha do Cuito-Cuanavale – reservando e atribuindo ao seu adversário político de ocasião, o espaço de chantagem e humilhação, revela por si só, a falta do espirito de humildade, de bom senso e da construção de uma Angola una e indivisível.
6. O PRS apela a todas as forças políticas sem excepção e os angolanos em particular, a renunciarem de uma vez para toda a vingança, a injúria, a ultraje, ao dano, a lesão à afronta desnecessária, e, adoptar o amor ao proximo, o perdão e a reconciliação nacional para o bem do país, da paz, da harmonia nacional e do desenvolvimento da jovem democracia. O país não pode e nem deve estar refém de caprichos advenientes de orgulhos político-ideológico.
7. Quem governa, não pode e nem tem o direito de reservar a outras formações políticas na oposição o espaço e a cadeira de simples “bate palmas” quando reclama alguns dos seus supostos feitos. Quem governa deve entender, compreender e interiorizar que os partidos políticos na oposição são úteis a democracia e trabalham em favor do bem-estar do país e dos angolanos.
8. O PRS apela o Partido no poder que, a coesão interna e a consolidação do Estado democrático de direito que se pretende, deve ser realizadas com acções credíveis, e, não com demagogias, mentiras, ameaças tortura psicológica e fisíca, assassinatos selectivos, discriminação e exclusão, que visão tão-somente, atrofiar a cosciência do povo com o propósito de perpectuar-se no poder. A população não precisa de discursos musculados e muito menos de incitação a violência.
9. O PRS sabe que o regime é alérgico a democracia, mas, ela é uma conquista e triunfará. Nas sociedades democráticas os adversários têm o direito de reagir aos discursos e a acções de quem governa através do direito de antena, réplica e outros meios pacíficos; este foi o caminho escolhido pela UNITA, dando a sua versão sobre a Batalha do Cuito-Cuanavale; e na nossa optíca, fê-la de forma educada, civilizada, pedagógica e imparcial.
10. A história é uma ciência; e, toda e qualquer história é consequência de uma ocorrência; qualquer ocorrência é um facto; qualquer facto é uma realidade; e, toda realidade é provável. Assim sendo, a história de Angola não pode ser vista numa perspectiva de heroismo nem tão pouco de propaganda. Se assim for, ela deixa de ser história, e, por conseguinte, deixa de ser ciência.
Nesta perspectiva, o PRS propõe que sejam realizadas várias conferências comuns em que participem os actores do MPLA, da UNITA, e dos paises e organizações internacionais que se envolveram directa e indirectamente no conflito, na concepção de mecanismos político diplomáticos para o alcance da paz de Angola, para que dos resultados a apurar dessas conferências construir-se a verdadeira história como ciência e, desta forma evitar-se estórias e mitos como as de Augusto Ngangula.
11. O PRS condena todas as formas de repressão e incitamento à violência orquestrada por alguns circulos do Partido no poder, e, apela à classe política, à sociedade civil e, sobretudo, aos profissionais da comunicação social, a promoverem os valores da concórdia, da democracia, do amor e de unidade nacional.
12. O PRS apela aos Partidos MPLA e a UNITA a fim de absterem-se da propaganda e polítiquices que podem pôr em causa o projecto de conciliação, reconciliação e unidade nacional em curso no país.
13. O PRS apela a todo o povo angolano e os estrangeiros residentes, a fim de abrirem as suas residências a compatriotas angolanos que procedem com audácia e sacrifício o censo da população e habitação.
Luanda, 26 de Maio de 2014
O SECRETARIADO EXECUTIVO NACIONAL
Fonte: Club-k.net
1. A paz do calar das armas que o país vive, é consequência dos acordos de paz de Bicece-Portugal, assinados a 31 de Maio de 1991, do Protocolo de Lusaka-Zambia, rubricados em 1994, e o Memorando de Entendimento do Luena-Moxico, assinado no ano de 2002, entre o MPLA representado pelo Governo e a UNITA.
Se houve negociações e acordos que proporcionaram a paz e amnistiaram todos os crimes cometidos durante o conflito armado pelas duas partes que haviam mergulhado o país numa guerra inglória que regrediu Angola do ponto de vista de desenvolvimento e de afirmação no contexto das nações, sobretudo, quando o processo democrático deveria ser aplicado no quadro do Protocolo de Alvor de 1974, é porque não houve vencidos nem vencedores. Assim sendo, o PRS acha que é extemporâneo, insensato e pouco inteligente, comemorar batalhas de uma guerra fratricida.
2. Comemorar batalhas de uma guerra que destruiu e ceifou a vida de muitos angolanos é ultraje, a memória dos nossos ente-queridos perecidos nestas batalhas, para além de minar a reconciliação em curso e os acordos ora assinados. O PRS entende que a única forma de comemorar e honrar a memória dos combatentes tombados em todas as batalhas que o país registou, é a criação de condições materiais e a atribuição de uma pensão vitalícia condigna para cada ex-militar das FAPLA, FALA e ELNA que sobreviveram da guerra e, suas respectivas famílias.
3. O PRS entende que o perdão e a reconciliação nacional não deviam ser encarados como o restabelecimento de simples relações entre pessoas que andavam desavindas. O perdão e a reconciliação nacional devem ser encarados e aliados à concordância, conformidade, cordialidade, entendimento, amor e harmonia, ou seja, como factores primordiais que imperam na geração da liberdade, estabilidade, democracia e o desenvolvimento do país.
4. Os meios de comunicação social dirigem-se as pessoas que têm crenças, valores, e desejos; são cidadãos com características formadas por diversas matizes biológicas, ideológicas, económicas, culturais e religiosas. Como é natural, estes, formam opiniões com estas características e necessidades individuais, somado ao ambiente externo e a conjuntura em que eles se encontram. Portanto, não é correcto e muito menos digno, um órgão de comunicação social público com tamanha responsabilidade, como é o Jornal de Angola enveredar, pelo insulto gratuito, pela ofensa, injúria e incitamento a violência. Tomemos o exemplo do genocídio ocorrido na República do Ruanda, por sinal, atiçado por um meio de comunicação social.
5. O PRS entende que o orgulho da razão patenteado pelo quem está à governar o país na defesa da vitória da Batalha do Cuito-Cuanavale – reservando e atribuindo ao seu adversário político de ocasião, o espaço de chantagem e humilhação, revela por si só, a falta do espirito de humildade, de bom senso e da construção de uma Angola una e indivisível.
6. O PRS apela a todas as forças políticas sem excepção e os angolanos em particular, a renunciarem de uma vez para toda a vingança, a injúria, a ultraje, ao dano, a lesão à afronta desnecessária, e, adoptar o amor ao proximo, o perdão e a reconciliação nacional para o bem do país, da paz, da harmonia nacional e do desenvolvimento da jovem democracia. O país não pode e nem deve estar refém de caprichos advenientes de orgulhos político-ideológico.
7. Quem governa, não pode e nem tem o direito de reservar a outras formações políticas na oposição o espaço e a cadeira de simples “bate palmas” quando reclama alguns dos seus supostos feitos. Quem governa deve entender, compreender e interiorizar que os partidos políticos na oposição são úteis a democracia e trabalham em favor do bem-estar do país e dos angolanos.
8. O PRS apela o Partido no poder que, a coesão interna e a consolidação do Estado democrático de direito que se pretende, deve ser realizadas com acções credíveis, e, não com demagogias, mentiras, ameaças tortura psicológica e fisíca, assassinatos selectivos, discriminação e exclusão, que visão tão-somente, atrofiar a cosciência do povo com o propósito de perpectuar-se no poder. A população não precisa de discursos musculados e muito menos de incitação a violência.
9. O PRS sabe que o regime é alérgico a democracia, mas, ela é uma conquista e triunfará. Nas sociedades democráticas os adversários têm o direito de reagir aos discursos e a acções de quem governa através do direito de antena, réplica e outros meios pacíficos; este foi o caminho escolhido pela UNITA, dando a sua versão sobre a Batalha do Cuito-Cuanavale; e na nossa optíca, fê-la de forma educada, civilizada, pedagógica e imparcial.
10. A história é uma ciência; e, toda e qualquer história é consequência de uma ocorrência; qualquer ocorrência é um facto; qualquer facto é uma realidade; e, toda realidade é provável. Assim sendo, a história de Angola não pode ser vista numa perspectiva de heroismo nem tão pouco de propaganda. Se assim for, ela deixa de ser história, e, por conseguinte, deixa de ser ciência.
Nesta perspectiva, o PRS propõe que sejam realizadas várias conferências comuns em que participem os actores do MPLA, da UNITA, e dos paises e organizações internacionais que se envolveram directa e indirectamente no conflito, na concepção de mecanismos político diplomáticos para o alcance da paz de Angola, para que dos resultados a apurar dessas conferências construir-se a verdadeira história como ciência e, desta forma evitar-se estórias e mitos como as de Augusto Ngangula.
11. O PRS condena todas as formas de repressão e incitamento à violência orquestrada por alguns circulos do Partido no poder, e, apela à classe política, à sociedade civil e, sobretudo, aos profissionais da comunicação social, a promoverem os valores da concórdia, da democracia, do amor e de unidade nacional.
12. O PRS apela aos Partidos MPLA e a UNITA a fim de absterem-se da propaganda e polítiquices que podem pôr em causa o projecto de conciliação, reconciliação e unidade nacional em curso no país.
13. O PRS apela a todo o povo angolano e os estrangeiros residentes, a fim de abrirem as suas residências a compatriotas angolanos que procedem com audácia e sacrifício o censo da população e habitação.
Luanda, 26 de Maio de 2014
O SECRETARIADO EXECUTIVO NACIONAL