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jueves, 30 de julio de 2015

Regime do MPLA reprime manifestação do MR em Luanda



As forças do regime angolano voltaram, como estava previsto, a reprimir a manifestação dos jovens do autodenominado Movimento Revolucionário que estava convocada para dia 29 de Julho de 2015, em Luanda.

Várias pessoas decididas a participar da manifestação foram detidas pelas forças policiais.
Na sua acção, a polícia usou muita brutalidade, recorrendo a cães que morderam gravemente os jovens do MR.

“Nós viemos para uma manifestação pacífica. É a polícia que está a criar a desordem”, afirmou um jovem participante.

Por seu turno, o jurista Salvador Freire da Associação Mãos Livres disse que a manifestação dos jovens do MR tem enquadramento legal e lamentou a postura repressiva das autoridades. Freire lamentou igualmente o facto de uns poderem manifestar e outros não.

“Só se manifestam aqueles que são membros do MPLA”, precisou o causídico.

Não foi contra manifestante que a polícia investiu. A violência policial atingiu também os profissionais da imprensa. Daniel Portácio, jornalista da Rádio Despertar foi preso, na sequência da dispersão da manifestação.

Daniel Portácio encontrava-se a reportar para a sua estação emissora as nuances da manifestação e o desespero dos manifestantes que estavam a denunciar a violência policial.

Entretanto, Gonçalves Vieira também profissional da RD esteve detido durante seis horas pela polícia que o manteve imobilizado e privados dos seus meios de serviço.

De recordar que o MR quis com a manifestação por si convocada, exigir a libertação dos 15 jovens detidos sob acusação de preparação de golpe de estado.

A policia nacional é acusada por várias pessoas de proteger a anti-manifestação convocada às pressas pelo MPLA, para contrapor-se à iniciativa dos jovens do MR.

A JMPLA sob o comando directo do seu 1º secretário, Luther Rascova, montou no largo da Independência, aparelhagem sonora que produzia música alta que perturbou o curso de aulas no IMEL.