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viernes, 14 de agosto de 2015

Euro-deputados pedem condenação pública dos recentes acontecimentos em Angola

Um grupo constituído de 20 euro-deputados de várias nacionalidades e quadrantes políticos escreveu nesta quarta-feira, 12 de Agosto do ano corrente, à chefe de diplomacia européia, a pedir uma condenação pública dos recentes acontecimentos em Angola, apontando a detenção sem acusação formal de um grupo de ativistas, bem como descreveram os acontecimentos ocorridos a 8 de Agosto, em Luanda, da realização de uma marcha promovida pelos familiares dos 15 jovens activistas que estão em prisão preventiva desde Junho.
O pedido refere também que a 8 de Agosto, mães e familiares dos 15 jovens presos políticos detidos em Angola, desafiaram a proibição das autoridades, de uma manifestação devidamente notificada, e prosseguiram com uma marcha pacífica em Luanda, para exigir a libertação dos seus filhos e familiares.
No pedido enviado à principal responsável da União Europeia para a política externa, Federica Moguerine, os euro-deputados, incluindo portugueses, referem que a marcha foi recebida com extrema brutalidade policial, indicando que vários manifestantes foram espancados pelas autoridades e atacados pelos cães das forças policiais.
  Com bases nestes dados, os euro-deputados instaram Federica, a expressar publicamente o descontentamento europeu, relativamente a continuação da detenção dos jovens activistas, mas também face ao caso de José Marcos Mavungu, detido há vários meses em Cabinda, pelo seu trabalho na área dos direitos humanos.
Os parlamentares questionaram ainda na missiva, se a alta representante vai condenar publicamente, a brutalidade policial e as restrições contra manifestações pacíficas em Angola.

Em consideração que o direito de se manifestar pacificamente está consagrado na constituição angolana, esta repressão representa uma escalada na repressão exercida pelas autoridades angolanas, sobre os incidentes políticos e activistas dos direitos humanas. Referem os subscritores, frisando que Angola e a União Europeia, estão vinculados por obrigação, a respeitarem os direitos humanos nos termos do Acordo de Quotonou, protocolo celebrado entre a União Europeia e o grupo de países de África: como Caraíbas e pacífico.

Entre os subscritores da missiva figuram, as euro-deputadas portuguesas, Marisa Matias, do bloco de Esquerda e Ana Gomes do Partido Socialista, que esteve em recentemente em Angola.