Discursando
para uma grande moldura humana, no sábado, 09 de Abril, de 2016, no
município do Bailundo, o líder da UNITA, Isaías Samakuva ressaltou o
papel desempenhado pelo Presidente fundador, Jonas Malheiro Savimbi,
para a unidade e reconciliação das partes, que na ocasião lutavam para
independência do país.
"Às vezes vêm ter connosco e querem dizer
que, não sabiam, mas leram aí que a UNITA é que começou a guerra,
a
UNITA semeou o luto e a morte, (…) impediu que o país se desenvolvesse. É
mentira. Os mais velhos estão aqui. Quando em 1975 o Dr. Jonas Malheiro
Savimbi, andava por esta Angola, do norte ao sul, do leste ao oeste, a
pregar a paz, dizer aos angolanos para não aceitarem provocações, eles
acusavam o Dr. Savimbi de ser lacaio português. Só porque estava a
defender a paz. O Dr. Savimbi não queria que esse país conhecesse
guerra", esclareceu. Isaías Samakuva, reforçou que o presidente
fundador, Dr. Jonas Malheiro Savimbi, não poupou esforços nos encontros
com as direcções dos dois partidos: FNLA, MPLA, para uní-los na
preservação da paz no país, tendo mencionado os encontros promovidos à
propósito pelo Dr Jonas Savimbi."A guerra não começou em 92, a
guerra não começou em 2004. A guerra que acabou em 1994, a guerra que
terminou em 2002, começou em 1975, e só terminou agora. E, não foi a
UNITA que começou a guerra. Não! O Dr. Savimbi viajou para Kinshasa,
para Luso, para Mombaça, para juntar os outros para que estivéssemos
unidos. Essa é que é a verdadeira história do nosso país. Mas, se já
enterramos a guerra, já assinamos os acordos de paz em 4 de Abril de
2002, e dissemos que são acordos de paz e reconciliação nacional, então o
passado fique. Façamos mesmo a reconciliação nacional", defendeu.
O
número um da maior força na oposição, disse que, falar da reconciliação
nacional, de um lado, mas do outro lado, perseguir os outros, só porque
são do outro partido, isto é falso, e encorajou, por outro lado, aos
membros do seu partido, a pregar a verdadeira unidade e a verdadeira paz
e reconciliação nacional. "Falar da reconciliação nacional, de um
lado, mas do outro lado nós perseguimos os outros, só porque são do
outro partido, isto é falso. Falar da reconciliação nacional mas negar
privilégios que damos a uns, aos outros, isso não é reconciliação
nacional. Mas eu quero dizer que, se os outros procedem assim, nós da
UNITA, como sempre, continuemos a pregar a paz verdadeira, a verdadeira
reconciliação nacional. Nós preguemos a reconciliação nacional. Nós
queremos construir uma unidade verdadeira dos angolanos. Ser de um
partido, não significa nada. Acima de tudo nós somos angolanos. Acima de
tudo, nós todos somos angolanos. Então, antes de mais criemos,
trabalhemos para essa unidade dos angolanos", apelou o Presidente Isaías
Samakuva.
Durante a sua curta visita ao Huambo, Isaías Samakuva
avistou-se com representantes do governo da província, visitou mercados e
trocou impressões com feirantes sobre o seu dia-a-dia, transmitiu às
populações a mensagem de esperança, paz e reconciliação nacional.
Durante o seu discurso, o dirigente, fez saber que a paz que existe em
Angola, ainda não se reflecte nos corações dos angolanos,
consubstanciando-se, apenas, numa paz militar.
"No país, há uma
porção de cidadão, de compatriotas, que acham que a paz assinada em 4 de
Abril, tem sido também paz civil, uma grande maioria ainda pensa que
essa paz tem sido apenas militar. E, essa é de facto, a nossa posição.
Nós gostaríamos que essa paz que acabou com o conflito armado, nós
passássemos a conhecer, agora, uma paz civil. Aquela paz que nos permite
ter também a paz nos nossos corações, aquela paz que nos permite ter
aquilo que desejamos ter nas nossas casas, aquela paz que nos permite
viver sem mais perseguições, só por causa da nossa camisola política”,
afirmou o líder partidário.
O responsável apontou as
dificuldades de recursos técnicos e meios medicamentosos, com que se
debatem os hospitais no país, apelando de igual modo, os angolanos, no
sentido de não pouparem esforços para a consolidação definitiva da paz
militar, assim como o alcance da paz civil.
"Gostaríamos de ter a
paz dos corações, de tal formas que ninguém tivesse dificuldade de
encontrar medicamentos para se tratar, ninguém estivesse preocupado de
ver o seu familiar, a desaparecer, a morrer, só porque não tem
medicamentos nem tem um hospital em condições onde possa ser tratado.
Gostaríamos de ter em suma, a paz civil, a paz dos corações. Esperamos
que todos trabalhemos para que consigamos estabelecer, primeiro
consolidar definitivamente essa paz militar, mas também possamos
estabelecer a paz civil", continuou.
Numa altura em que o seu
partido comemora 50 anos de existência, o Presidente da maior força
política na oposição, instou a toda população, a trabalhar de modo a
exigir aos governantes, instituírem, para os angolanos, a paz civil no
país.
"Trabalhemos para que aqueles que têm responsabilidades
acrescidas, para nos facultarem essa paz civil, compreendam que a paz
militar sozinha não é suficiente. Nós precisamos também da paz civil.
(…) Nós estamos este ano a celebrar o cinquentenário do nosso Partido, e
estamos a chamar mesmo este ano, o ano do Cinquentenário da UNITA. E,
ter cinquenta anos de idade não é brincadeira nenhuma. Quem tem
cinquenta anos é uma pessoa adulta. É adulto", sublinhou Isaías
Samakuva.
No seu discurso, Isaías Samakuva não deixou de
referir-se ao crescimento do seu Partido ao longo do tempo. Assegurou
que a UNITA é um instrumento criado para lutar pela felicidade dos
angolanos e dos mais desfavorecidos, recordando aos militantes, amigos,
membros e simpatizantes do Partido, o percurso da segunda maior força
política no país, ao longo dos 50 anos da sua existência e luta.
"A
UNITA foi criada e desde o seu aparecimento, ela transformou-se, num
instrumento de combate para a felicidade dos menos equipados, para a
felicidade de todos os angolanos. Todo o seu percurso que faz agora 50
anos, tem sido de trabalho por Angola e pelos angolanos, em defesa de
Angola e dos angolanos”, recordou, Isaías Samakuva para quem a caminhada
dos 50 anos não tem sido fácil.
“Não foi fácil chegar até aqui,
Partidos nacionais, diversas forças internacionais, ao longo desse 50
anos lutaram para destruir esse instrumento que os angolanos têm.(…) Mas
a UNITA dirigida pelo Dr. Jonas Malheiro Savimbi, conseguiu
estabelecer-se, consolidar a sua existência, de tal formas que mesmo com
o desaparecimento do Presidente fundador, continua ao serviço dos
angolanos. A UNITA nunca vai desaparecer, porque ela representa o povo",
sublinhou Isaías Samakuva.O líder da UNITA fez saber o
crescimento e o fortalecimento da maior força na oposição todos os dias,
e assegurou que os seus militantes não se rendem. "Muitas armadilhas
foram montadas no caminho da UNITA, muitas intrigas foram criadas e
veiculadas contra a UNITA. Algumas delas ainda hoje, de tempos em
tempos, surgem contra a UNITA, mas esta cresce, continua a fortalecer-se
a cada dia que passa”, explicou o Presidente Samakuva, sublinhando que
mentiras contra a UNITA não param.
“Disseram aqui no início do
nosso programa que 600 indivíduos da UNITA passaram-se para o outro
Partido. Essa presença numerosa de angolanos aqui neste local é mais do
que um testemunho vivo de que a UNITA não se rende. Ninguém da UNITA se
passa para o outro", defendeu.
Isaías Samakuva, assegurou que o
seu partido regista todos os dias, centenas de angolanos, vindos do seu
mais directo partido concorrente, afirmando que a força política que
dirige é uma força forte, triunfante e vencedora.
"Hoje o que
estamos a ver são angolanos que antes pertenciam aos partidos que se
achavam únicos detentores da verdade, a passarem-se para a UNITA. Não é
em número de dez, onze, vinte, estão a vir todos os dias centenas e
centenas. E, eu me recordo, há uns anos nós vínhamos aqui ao Bailundo,
nenhum décimo de gente que está aqui nós encontrávamos, mas hoje esse
campo está cheio, com gente a procura de espaço onde sentar: uns em cima
das casas, como estamos a ver. Essa é a UNITA que se fortalece, é a
UNITA triunfante, é a UNITA que vai vencer", disse confiante Samakuva.
De
salientar que o Presidente Samakuva visitou durante os três dias que
trabalhou no Huambo, as Comunas de Samboto e Sambo, onde as populações
reiteraram o seu apoio firma à UNITA e à sua direcção, contrariamente à
propaganda de conveniência desencadeada pelos órgãos públicos do regime,
como TPA.
" São mentiras, estão a fabricar coisas feias e a
atirá-las contra a UNITA. Companheiros, compatriotas, muitas dessas
coisas são ditas para desencorajar os angolanos que querem juntar-se à
nossa causa. Não aceitemos, porque são mentiras. Olhemos para frente e
continuemos a marchar", concluiu. |
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