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miércoles, 25 de enero de 2017

Emprego, Estabilidade de Preços, equilíbrio externo e Crescimento com maus Indicadores

Fonte :Unitaangola
Emprego, estabilidade de preços, equilíbrio externo e crescimento com maus indicadores em Angola
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Dissertando sobre o tema “Economia e gestão em tempo de crise. Conselhos úteis para empresas e famílias”, Fernando Heitor Deputado e Consultor Internacional afirmou que o Governo angolano não conseguiu realizar o que chama de “quadrado mágico”, que compreende o emprego, estabilidade de preços, equilíbrio externo e crescimento.

“Em Angola estamos mal no que toca ao emprego, estabilidade de preço, equilíbrio externo e crescimento” aponta.

Segundo o economista, o crescimento só é valido se tiver impacto na vida das pessoas e se a for superior a taxa do crescimento da população.


Depois de constatar que a economia angolana está exageradamente informalizada, Fernando Heitor aconselha o governo a não menosprezar os operadores económicos do sector informal. Mas chama atenção para a necessidade de o governo desburocratizar o processe de criação de micros, pequenas e médias empresas.

“As dificuldades que se colocam à criação de micro e pequena empresa inibem a entrada dos operadores económicos informais para o mercado formal”, afirma Fernando Heitor, reconhecendo haver muito trabalho a fazer-se para que a informalidade seja inserida no formal.

De acordo com o parlamentar e economista, a informalidade combate-se com medidas económicas e não com porrete da polícia atrás das vendedeiras ambulantes vulgo “Zungueiras”, como acontece na realidade quotidiana da maioria das cidades de Angola, em especial em Luanda.

Dirigindo-se aos gestores públicos e privados e às famílias, Fernando Heitor aconselha a observância dos princípios da racionalidade, sanidade financeira, rentabilidade, transparência, eficácia e eficiência.

Olhando para o momento económico do país, Fernando Heitor aponta a inflacção e a desvalorização da moeda nacional, como estando a afectar o poder de compra das famílias, que na sua óptica constituem o elo mais fraco na cadeia em que também se encontra o estado e empresas.

“O Estado e as empresas ajustam os preços dos seus produtos e serviços, mas as famílias é que mais sofrem com a inflacção, porque só dependem dos salários que nunca são ajustados”, disse.

O Consultor Económico Internacional alerta para o risco de instabilidade social decorrente da inflacção descontrolada, como motins, greves e indisciplina nos locais de serviço.

Enquanto aconselha aos trabalhadores a proteger o emprego, a serem assíduos e pontuais, aos empresários Fernando Heitor apela a transformar os seus trabalhadores em capital humano, investindo na sua formação profissional.