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martes, 31 de julio de 2018

Concurso Público da Educação privilegia conhecidos

Concurso Público da Educação privilegia conhecidos
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O docente universitário, Manuel Correia reprovou a falta de transparência e lisura do Concurso Público realizado a 10 deste mês, para a inserção de novos professores no sistema público de ensino.

Em entrevista à KUP e referindo-se ao processo que deixou milhares de candidatos que deram o seu máximo para garantir um lugar neste sector de educação, o docente fala de corrupção e nepotismo, por parte dos que trabalharam no processo e vaticina atraso no desenvolvimento, como consequência deste fenómeno para a sociedade angolana.
“As consequências para a sociedade: é um atraso. É o atraso. Esse assunto da educação não devia levar o nome de MPLA, JMPLA, Partido. Não devia. É a vida da sociedade. E, também é aquilo que eu disse atrás, de que esse concurso não correu bem, porque de facto aqueles que têm competência o seu nome não saiu; saiu nome daquele conhecido, vizinho, da JMPLA, da OMA. Os que de facto não são do MPLA, da JMPLA são o número muito pequeno”, afirmou o Dr Manuel Correia.
O também Secretário Nacional da UNITA para a Educação, diz haver uma incógnita pela forma como um grande número de candidatos aprovou do concurso, despercebidamente.
“Há muitos os que passaram. Mas passaram como? É aquilo que nós dissemos há pouco, e alguns é tendo algum valor que passam de baixo da mesa. E, depois passam”.
Manuel Correia defende que haja uma fiscalização incorruptível nos sectores da função pública para corrigir-se o que está errado.
“Como corrigir isso? É mesmo aplicar o que eles próprios nos dizem: “Corrigir o que está mal, e melhorar o que está bem. Então, isso não fique só na boca, é preciso que haja fiscais no terreno, e esses fiscais não se deixem corromper por qualquer medida. É mesmo fiscalizar para que as coisas corram bem”, aconselhou.
Para o docente, “Nós todos angolanos, queremos uma Angola firme e forte que eleve os angolanos a conhecimentos sólidos, que depois venham a promover o desenvolvimento no país: o desenvolvimento das pessoas, o desenvolvimento económico, e o desenvolvimento social, e até político. É isto que se quer”.
“E, isso não pode estar misturado com a ideologia política de nenhum partido. E, é o que está a acontecer. Esse é um erro que o MPLA ainda não consegue corrigir. Enquanto, não corrigir isso, nós não teremos o país, realmente, melhor para se viver; como anunciou o José Eduardo dos Santos, agora anunciam os próprios membros do MPLA. O País melhor para se viver é o país educado, é o país formado tecnologicamente, cientificamente Um país formado; mas, para que haja um país formado, técnica e cientificamente, é preciso que haja a formação desses líderes de formação; são os professores, e esses professores têm que ter competência, e isso não pode ser levado de ânimo leve”, alertou o responsável.
www.unitaangola.org