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jueves, 2 de agosto de 2018

Empresa INDRA investigada em Espanha

Empresa INDRA investigada em Espanha
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A Agência Tributária de Espanha multou a empresa Indra Sistemas S.A. no âmbito de uma investigação pelo pagamento de comissões ilegais de 2,4 milhões de euros, efectuado no âmbito das presidenciais de 2012, em Angola, noticiou a Rádio Despertar citando o jornal El Confidencial, que realça que, as suspeitas envolvem também as eleições de 2008, onde um dos irmãos do Ex-Presidente da República de Angola é apontado como beneficiário do dinheiro.

Analisando o caso esta segunda-feira, 23 de Julho, de 2018, na Rádio Despertar, o Jurista William Tonet revelou que a empresa INDRA, é uma das Instituições que tinham conotações com o poder político angolano que fugiam a fiscalidade nos seus países.

“Já havíamos denunciado, quer em 2012 quer em 2018, que empresas que tinham conotações, e que fugiam a fiscalidade nos seus países, corriam, envolvendo-se em determinados tipos de negócios. E, as eleições deixaram de ser um acto de cidadania e de nobreza para ser um autêntico negócio”, afirmou William Tonet.

O jornalista considera a situação do INDRA ser o mesmo problema que envolve o SINFIC, empresa que juntamente com a INDRA trabalhou na logística dos processos eleitorais de 2008, 2012 e 2017, em Angola.

“A INDRA tem esse problema, mas é preciso não esquecer que, a SINFIC também tem esse problema já estava na falência, quando foi adquirida e salva por um general. Portanto, já não era a SINFIC, era uma parte que concorria para as eleições que estava a monitorar o sistema informático. E, essa da INDRA, inclusive, nós falamos no Folha 8 a despertar também noticiou-se, quem tiver em atenção, o facto de logo depois, altas entidades inclusive o Presidente da Comissão Nacional Eleitoral ter-se deslocado à Espanha”, recordou, realçando que corria-se o risco de não se credibilizar os actos praticados, e o tipo de relações contratuais que existem com determinado tipo de empresas.
O também jornalista compreende ainda que, em Angola a culpa vai morrer solteira, e nada vai acontecer, vai tudo a seguir da mesma forma, quando poderia ser uma oportunidade para nós rectificarmos os erros e os vícios que os sistemas que garante a democracia enfermam.

Para William Tonet, aquilo que nós estamos a assistir é uma pequena demonstração de que nunca vai haver alternância de poder com base nesse sistema eleitoral e com base nessas empresas.

“Se os resultados eleitorais tivessem atestado verdadeiramente a vitória da UNITA ou de outra formação da Oposição, o país hoje já estaria em guerra. E, uma simples transição, não é mudança, uma simples transição no seio do MPLA eles estão se a de gladiar como se fossem diferentes, imaginem se tivessem aceite, na realidade que, outro partido tivesse ganho as eleições. O país, seguramente, já estaria em guerra. Isto é a natureza do regime, é a natureza de tudo que acontece em todos os contractos, Angola fica mal na fotografia, mas já não se incomoda este regime”, concluiu William Tonet.
www.unitaangola.org