O secretário
provincial da UNITA em Luanda enalteceu este sábado o papel da JURA, no
contexto da luta para emancipação e dignificação do povo angolano.
“Trata-se de
uma juventude que marcou com letras de ouro a história recente do nosso país e
por via de consequências levou a que a UNITA enquanto partido e actor da cena
política angolana se colocasse, por esforço próprio nos anais da história de
Angola, de África e do mundo, como um factor incontornável para Paz e de
Liberdade e Estabilidade Social e militar”, afirmou, o dirigente político,
recordando que a JURA nasceu da evolução dos núcleos partidários do partido nas
matas e nas cidades no ano de 1974.
Segundo
Álvaro Chikwamanga, na génese da criação da JURA estava o interesse de se criar
no seio do partido, um instrumento capaz de mobilizar e as vontades jovens,
campesinas e intelectuais de origem pobre para o combate contra o colonialismo.
“Essa missão
foi cumprida com brio, mas muito sacrifício e o me rito disso foi a adesão
massiva que a UNITA conheceu nos tempos que antecederam a Independência
Nacional”, apontou, sublinhando a popularidade de que a UNITA goza desde antes
da independência.
“Embora se
queira aqui ou acolá escamotear a história, na verdade foi a UNITA que arrastou
multidões na véspera da Independência em Luanda, no Huambo, em Benguela no
Luso, enfim, um pouco por todo o país e só isso bastou para arrepiar e deixar
sem sono o MPLA e o partido comunista português, que não viam hipóteses de
conquistar o poder político, por via da democracia”, disse Chikwamanga,
recordando que a opção por manipulação, a calúnia, ódio, exclusão, matança com
o apoio das forças russas e cubanas, mergulhou o país num caos sem precedentes.
“Frustrava-se
assim a vontade de um povo que havia conquistado a independência através de uma
luta renhida contra os portugueses colonialistas. Como disse Jonas Savimbi num
dos seus poemas o colonialismo partiu, mas povo nação não ficou livre",
sublinhou.
Depois de
recordar a resistência popular generalizada da UNITA ao expansionismo
russo-cubano em que a JURA foi chamada a assumir o papel de vanguarda na
mobilização do povo, na administração das áreas conquistadas, na diplomacia e
na condução das FALA, o dirigente político destacou a conquista da liberdade e
da democracia que se traduziriam em escolhas livres e conscientes daqueles que
iriam dirigir esse país.
A JURA é
chamada a ocupar o seu lugar de vanguarda, mobilizando as populações para o
projecto da mudança, enquadrando os membros do partido para as tarefas
partidárias, denunciando as atrocidades e atoardas do regime de José Eduardo
dos Santos.
“No Seio do
partido a juventude deverá ser a alavanca no combate ideológico, pois a
libertação do povo carece de pureza ideológica e combate as tendências
erróneas, derrotistas ou conformistas”, enfatizou Chikwamanga.
Aquele
dirigente apelou a mocidade da UNITA prestar atenção especial aos que mais
sofrem, bem como aos principais problemas que afectam a juventude,
diagnosticá-los e propor soluções.
“Sabemos que
os principais problemas que hoje preocupam a juventude prendem-se com
desemprego, desigualdade social, habitação, acesso a ensino médio e superior,
acesso ao crédito para desenvolverem pequenas iniciativas”, precisou,
reconhecendo que a juventude enferma de problemas como o alcoolismo, drogas,
dificuldades de gerir a adolescência com as tecnologias de comunicação e
informação.
Outro apelo
feito pelo dirigente partidário em Luanda aponta para a necessidade da JURA
educar o povo para a cultura de reivindicação e cidadania.
“Não se
deixem intimidar com a brutalidade do regime, nem com as suas prisões
arbitrárias. Leiam e entendam a Constituição e demais leis ordinárias do país
de modo a agirem com a força da legalidade. Desta maneira nada e ninguém vos
vai parar”, insistiu Álvaro Chikwamanga, para quem a juventude deve desenvolver
o gosto pela política.
”A política
é uma actividade nobre desde que seja feita com ética. Política é ciência da
governação de um Estado. É a ciência de negociações e consenso, na defesa de
interesses. Em si só significa interesse pelas questões do Estado, da
sociedade, da comunidade. E tudo o que é do estado é nosso, é de todos nós”, apontou.
“Saber
quanto dinheiro o Presidente da República foi negociar com China e como será
gerido é política e isso interessa a todos. Saber onde e como está a ser gerido
o fundo soberano é política, porque este fundo resulta das poupanças e
excedentes cambiais de uma economia que é de todos nós, por isso interessa a
todos nós. Saber como é que se está a proceder o registo civil, que se diz
gratuito é política e isso interessa a todos nós, porque está em causa um
documento que nos identifica como cidadãos nacionais e habilita-nos a muitos
outros direitos. Interessar-se pelos processos eleitorais é política porque
está em jogo o nosso futuro e as nossas liberdades”, adiantou ainda o
secretário provincial da UNITA em Luanda.
De acordo
com o dirigente partidário, o osso país e a nossa sociedade clamam por mudanças
qualitativas e nelas reside a esperança do nosso povo voltar a sorrir um dia,
perante um regime corrupto e crónico essas mudanças só serão operadas pela
UNITA.
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