.

.

domingo, 19 de julio de 2015

JURA deve educar o povo para a cultura de reivindicação e cidadania – Álvaro Chikwamanga

O secretário provincial da UNITA em Luanda enalteceu este sábado o papel da JURA, no contexto da luta para emancipação e dignificação do povo angolano.

“Trata-se de uma juventude que marcou com letras de ouro a história recente do nosso país e por via de consequências levou a que a UNITA enquanto partido e actor da cena política angolana se colocasse, por esforço próprio nos anais da história de Angola, de África e do mundo, como um factor incontornável para Paz e de Liberdade e Estabilidade Social e militar”, afirmou, o dirigente político, recordando que a JURA nasceu da evolução dos núcleos partidários do partido nas matas e nas cidades no ano de 1974.


Segundo Álvaro Chikwamanga, na génese da criação da JURA estava o interesse de se criar no seio do partido, um instrumento capaz de mobilizar e as vontades jovens, campesinas e intelectuais de origem pobre para o combate contra o colonialismo.

“Essa missão foi cumprida com brio, mas muito sacrifício e o me rito disso foi a adesão massiva que a UNITA conheceu nos tempos que antecederam a Independência Nacional”, apontou, sublinhando a popularidade de que a UNITA goza desde antes da independência.

“Embora se queira aqui ou acolá escamotear a história, na verdade foi a UNITA que arrastou multidões na véspera da Independência em Luanda, no Huambo, em Benguela no Luso, enfim, um pouco por todo o país e só isso bastou para arrepiar e deixar sem sono o MPLA e o partido comunista português, que não viam hipóteses de conquistar o poder político, por via da democracia”, disse Chikwamanga, recordando que a opção por manipulação, a calúnia, ódio, exclusão, matança com o apoio das forças russas e cubanas, mergulhou o país num caos sem precedentes.

“Frustrava-se assim a vontade de um povo que havia conquistado a independência através de uma luta renhida contra os portugueses colonialistas. Como disse Jonas Savimbi num dos seus poemas o colonialismo partiu, mas povo nação não ficou livre", sublinhou.

Depois de recordar a resistência popular generalizada da UNITA ao expansionismo russo-cubano em que a JURA foi chamada a assumir o papel de vanguarda na mobilização do povo, na administração das áreas conquistadas, na diplomacia e na condução das FALA, o dirigente político destacou a conquista da liberdade e da democracia que se traduziriam em escolhas livres e conscientes daqueles que iriam dirigir esse país.

A JURA é chamada a ocupar o seu lugar de vanguarda, mobilizando as populações para o projecto da mudança, enquadrando os membros do partido para as tarefas partidárias, denunciando as atrocidades e atoardas do regime de José Eduardo dos Santos.

“No Seio do partido a juventude deverá ser a alavanca no combate ideológico, pois a libertação do povo carece de pureza ideológica e combate as tendências erróneas, derrotistas ou conformistas”, enfatizou Chikwamanga.

Aquele dirigente apelou a mocidade da UNITA prestar atenção especial aos que mais sofrem, bem como aos principais problemas que afectam a juventude, diagnosticá-los e propor soluções.

“Sabemos que os principais problemas que hoje preocupam a juventude prendem-se com desemprego, desigualdade social, habitação, acesso a ensino médio e superior, acesso ao crédito para desenvolverem pequenas iniciativas”, precisou, reconhecendo que a juventude enferma de problemas como o alcoolismo, drogas, dificuldades de gerir a adolescência com as tecnologias de comunicação e informação.

Outro apelo feito pelo dirigente partidário em Luanda aponta para a necessidade da JURA educar o povo para a cultura de reivindicação e cidadania.

“Não se deixem intimidar com a brutalidade do regime, nem com as suas prisões arbitrárias. Leiam e entendam a Constituição e demais leis ordinárias do país de modo a agirem com a força da legalidade. Desta maneira nada e ninguém vos vai parar”, insistiu Álvaro Chikwamanga, para quem a juventude deve desenvolver o gosto pela política.

”A política é uma actividade nobre desde que seja feita com ética. Política é ciência da governação de um Estado. É a ciência de negociações e consenso, na defesa de interesses. Em si só significa interesse pelas questões do Estado, da sociedade, da comunidade. E tudo o que é do estado é nosso, é de todos nós”, apontou.

“Saber quanto dinheiro o Presidente da República foi negociar com China e como será gerido é política e isso interessa a todos. Saber onde e como está a ser gerido o fundo soberano é política, porque este fundo resulta das poupanças e excedentes cambiais de uma economia que é de todos nós, por isso interessa a todos nós. Saber como é que se está a proceder o registo civil, que se diz gratuito é política e isso interessa a todos nós, porque está em causa um documento que nos identifica como cidadãos nacionais e habilita-nos a muitos outros direitos. Interessar-se pelos processos eleitorais é política porque está em jogo o nosso futuro e as nossas liberdades”, adiantou ainda o secretário provincial da UNITA em Luanda.

De acordo com o dirigente partidário, o osso país e a nossa sociedade clamam por mudanças qualitativas e nelas reside a esperança do nosso povo voltar a sorrir um dia, perante um regime corrupto e crónico essas mudanças só serão operadas pela UNITA. 

www.unitaangola.org