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lunes, 26 de junio de 2017

Candidato da UNITA garante ensino de qualidade em Angola

Fonte :KUP


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Situações de professores licenciados que auferem salário de técnicos médios, repressão sobre as greves de professores clamando por melhorias de condições de vida e laborais, cargos de direcção de escolas atribuídos com base na militância política, destacaram-se entre as preocupações expostas ao Candidato da UNITA a Presidente da República durante o encontro que manteve na cidade do Lubango, com os jovens estudantes universitário da Huila.


Na ocasião, o líder da UNITA corroborou com opiniões que consideram bastante débil a qualidade do ensino no país, sublinhando que a debilidade vem da base.

“A qualidade do Ensino Superior é, na minha maneira de ver bastante débil. O problema não é, essencialmente do ensino superior. Em muitos casos, talvez, ao nível do ensino superior pudéssemos, ainda, reparar as coisas. Mas acontece que a debilidade da qualidade do ensino vem desde o ensino primário, desde a base”, comentou.

O responsável do segundo maior partido angolano criticou as condições que afectam o sector da educação nos Municípios do país, onde os professores leccionam apenas um ou dois dias e regressam à casa, afectando sobremaneira o aproveitamento dos alunos.

“Eu ando pelo país, passo pelos municípios. Nalguns municípios, o professor aparece à terça-feira e na quarta-feira está a regressar para a cidade, mas o aluno chega ao fim do ano lectivo está a passar. Não sabe nada. Ele chega no fim do médio, se você lhe pedir a escrever uma carta, vai ver os erros que ele comete. Eu encontrei num município, crianças bastante activas e estavam na 8ª Classe, quando lhe pedi que me dissessem o resultado de 4 x 5, as crianças não sabiam, e estavam na 8ª Classe”.

O Presidente da UNITA demonstrou que, com uma educação que não seja de qualidade, não se pode contar com um país desenvolvido como almejado, e que possa aparecer no ranking dos países, num nível razoável.

“Portanto, a debilidade começa já no ensino de base, começa a subir, mas é por isso mesmo que nós dissemos que, com uma educação que não seja de qualidade não podemos contar com um país que possa desenvolver-se como deve ser, e possa no ranking dos países aparecer num nível razoável. E nós aqui andamos todos vaidosos, mas quando chegamos lá fora, não nos respeitam assim tanto, porque nós aqui passamos de classe com gasosa”.

Para o Líder da UNITA, a situação débil do ensino no país, resulta da forma como se conduz o país.

“E, muitas vezes dizemos, apresentamos diplomas, que não representam mesmo nada. Parece ser um insulto, você sai daqui com o seu diploma, o seu certificado do curso superior, chega em Portugal, para entrar num curso qualquer, ainda vai para o ano zero. Mas, é a realidade que resulta da forma como se conduz o país”.

O responsável do maior partido na oposição garantiu um sistema de educação que vai formar Profissionais capazes de competir com outros, de países mais desenvolvidos como os Estados Unidos de América, África do Sul e Inglaterra.

“Nós achamos que o sistema de educação vai ter de ser reformulado, a partir mesmo da base, de tal formas que, o aluno quando está a entrar no ensino superior, está mesmo à altura do nível da classe onde está a entrar. Um médico aqui, esse é o nosso objectivo, um engenheiro aqui, possa competir na América, com o engenheiro que estudou na América. Um médico aqui, também, possa competir com um médico que estudou na África do Sul ou na Inglaterra. Isso é possível. Portanto, esses são alguns objectivos, são algumas metas que, nós procuramos atingir”, concluiu.