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martes, 28 de noviembre de 2017

Analistas defendem investimentos

Analistas defendem investimentos no sistema de saúde
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Duas crianças da mesma família no Município de Cacuaco, zona da Burgalheira, morreram por uma doença não identificada, num curto período de 24 horas, com sintomas de febres e falta de sangue.

O facto mereceu análise dos analistas da Rádio Despertar, este Domingo, 26 de Novembro de 2017, no Espaço “Angola E O Mundo Em 7 Dias”, que passa em revista os principais acontecimentos da semana no país e no mundo.

Agostinho Sikatu, que abordou a situação com apreensão, recordou que, o facto assemelha-se a mais dois problemas sanitários registados no país que, até o momento nunca tiveram esclarecimentos das autoridades governamentais.

“Esta situação faz-nos recordar outras duas que, tivemos em pouco menos de dez anos. Nós tivemos o Marburg que assolou este país, num curto espaço de tempo que dizimou vítimas humanas e, até hoje não se sabe o resultado do marburg. Tivemos, depois, bem recentemente, em Março do ano passado a situação ligada à Febre-amarela que no princípio surgiu exactamente com esta doença. Surgiu como uma doença estranha. Aqui bem próximo e, vimos quais são as consequências que nos trouxeram. Até hoje também não temos o resultado real da investigação desta doença”.

Sapalo António realçou que, Angola tem muito caminho pela frente no que diz respeito o aperfeiçoamento da investigação científica no sistema de saúde do País.

“Apenas acrescentar que, nós em Angola temos que trabalhar muito, fundamentalmente na matéria de saúde. Na matéria de investigação científica. Porque, sempre sempre nós, quando acontece situações de género, nunca descobrimos as causas. Sempre temos que recorrer ao exterior, levar as amostras para analise, para identificação e descoberta das causas dos problemas relacionados com a saúde”.

Sapalo António apela mais investimentos no domínio da saúde e dos quadros existes no sector o nível do país, para que no futuro situações de género estejam identificadas.

“Eu acho que, tem que haver, primeiro, muito investimento no domínio da saúde, no domínio da investigação científica, laboratórios têm que funcionar, e como disse o colega do painel: nós temos muitos quadros. O que é que resta: é de facto investigar criar condições em termos de laboratórios, para que, no futuro situações de género, logo que aconteçam sejam identificadas”, tendo, o analista, reprovado a incapacidade do governo, pela falta de investimento no sistema nacional de saúde, 42 anos depois do alcance da soberania do país.

“E, há um problema que se coloca. É, que nós, ao longo dos 42 anos, Angola e, concretamente, o Partido que governa habituou-nos a propaganda: estamos a fazer, estamos a fazer, estamos a crescer; Angola é melhor em África, enfim. É melhor em África, mas nós é que, sempre deslocamos para os outros países para se tratarmos e, há casos, em que, temos que ir à África do sul, o que é absurdo”.

Agostinho Sikatu, apela que o governo angolano velasse por estes fenómenos, e que as autoridades sanitárias, investissem na prevenção das doenças.

“Eu acho que, o que é necessário e, esta hora temos esta outra doença, é necessário que, as autoridades públicas, estou a falar, principalmente do ministério da saúde, e outras congéneres que cuidam da saúde pública, que pudessem olhar para essas situações, para esses fenómenos que surgem. E que, não olhassem para esses fenómenos apenas quando eles surgem. Devem prevenir antes”, aponta, igualmente os fenómenos dos desmaios nas Instituições Escolares, e as devidas explicações sobre este e outros casos.

“Isso temos o caso das meninas que, desmaiam nas escolas, até hoje não tem uma explicação, porque já lá vão mais de três, quatro anos. E, é necessário gizar-se mecanismos que se façam com que, esses casos sejam explicados. Porque, eu não quero acreditar que, nós não temos quadros técnicos suficientes para poderem investigar tais casos. Isso não condiz condizer-nos. Também não quero acreditar que, nós não temos recursos suficientes para poder acomatar essas situações”.
www.unitaangola.org