Um grande número de antigos combatentes e ex-militares continuam a reclamar pelo seu reconhecimento por parte do governo, não obstante o bastante tempo que passou desde que se inscreveram na base de dados.
“Eu estou aqui com o problema dos ex-militares, porque o assunto do jeito que nós estamos a encontrar lá no Grafanil, na PM, não é do jeito que isso tem que acontecer. Os nomes que saem hoje, não saem. Não há solução nenhuma”, lamentou um deles.
Os antigos militares que afirmam ter servido o país durante vários anos, dizem-se maltratados pelo governo.
“Estamos aqui em debandada. Eu fui tropa da brigada, 59 Brigada do Regimento de Artilharia Anti-aérea das FAPLA, no Luena, desde 85, até 92, Comandante Guerra, Comandante Socre, o que ultimamos com ele é o Comandante Guerra”, declarou outro.
Há poucos dias da celebração do dia dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, estes ex-militares afirmam que nunca são notificados sobre o seu enquadramento e reconhecimento, indicando que seus direitos foram usurpados por estranhos.
“Nós, não estamos a escutar nada. Escutamos no dia 8, houve abertura aí dos PM, Então, os nomes que nós estamos a encontrar ali, quer dizer aquelas listas ali não nos dizem respeito. Agora nós queremos que os nomes que estão lá, metidos na base de dados, sejam lançados, porque são os nossos nomes nós como verdadeiros. Nós estamos à espera daquilo. Agora, essas listas que nós estamos a encontrar na PM não estão a nos agradar, porque não estamos a encontrar nada”, reclamou.
“Pelo menos que eles possam ver essa questão, que eles têm que resolver o nosso problema, porque também nos dói; temos filhos, já temos netos e corremos o risco de deixar os nossos filhos também na desgraça, como nós próprios pais. Trabalhamos para quê?”. | |
