.

.

miércoles, 30 de enero de 2019

UNITA acusa MINSA de usurpar competências exclusivas da Ordem dos Médicos de Angola

UNITA acusa MINSA de usurpar competências exclusivas da Ordem dos Médicos de Angola
Maurilio- ministro do Governo Sombra da UNITA 2.jpg
Falando aos órgãos de comunicação social, nas vestes de ministro da Saúde do Governo Sombra da UNITA, Maurílio Luiele afirmou que o facto das 800 vagas destinadas aos médicos terem sido preenchidas por enfermeiros é reveladora da confusão que ainda existe entre estas duas categorias profissionais e que o Ministério da Saúde com esta atitude só vem aumentar.

“Médicos e enfermeiros têm papéis diferentes na equipa de saúde, ambos importantes e não excludentes”, reforçou o profissional que acusa o Ministério de Saúde de extravasar as suas competências.

“Ao reconhecer a Ordem dos Médicos, o Estado conferiu a esta instância profissional competência exclusiva para habilitar os médicos a exercer a profissão mediante atribuição da carteira profissional”, insiste Maurílio Luiele, apontando que ao impedir jovens médicos detentores da carteira profissional emitida pela Ordem dos Médicos de Angola, de exercer legalmente a profissão, o MINSA extravasa as suas competências usurpando competências exclusivas da Ordem dos Médicos de Angola.

Atendendo-se a essa situação e em face da carência de profissionais, a UNITA defende a inserção dos profissionais, como forma de poupar o país dos custos com a contratação de médicos cubanos.

“Que sejam admitidos todos os jovens médicos e que sejam submetidos a um período experimental de 6 a 12 meses com acompanhamento rigoroso já que o que os habilita a exercer medicina é a carteira profissional outorgada pela Ordem dos Médicos que eles já possuem”, recomenda a UNITA que também defende a condução pela Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE) e pela Assembleia Nacional (6ª Comissão) de uma auditoria ao concurso de admissão de profissionais de saúde 2018 com o intuito de se porem a nu as irregularidades que mancharam o processo e se introduzirem as correcções necessárias.

Relativamente ao processo de eleição do novo Bastonário da Ordem dos Médicos, a UNITA felicitar a classe médica pela tomada de consciência cidadã e de classe bem como a coesão demonstrada que permitiu recolocar o processo eleitoral no rumo certo e augurar que o futuro bastonário resulte de facto da vontade genuína da classe e não de imposição partidária.

A UNITA aproveitou o ensejo para reprovar a atitude de distanciamento do Ministério da Saúde em relação a classe médica, manifestada em reiteradas ocasiões por expressões de desprezo da importância da classe e pela preferência de uma relação vertical em vez de um diálogo horizontal com a classe através dos diversos órgãos representativos.

Finalmente, a UNITA entende que o diálogo aberto, abrangente e inclusivo com o Sindicato dos Médicos pode evitar situações extremas, e sublinha que as reivindicações dos médicos por melhores condições de trabalho são absolutamente legítimas e a sua satisfação contribuirá em grande medida para a melhoria do serviço prestado pelas unidades públicas de saúde redundando em benefícios evidentes para a população carente e sofredora.

www.unitaangola.org