Governador do Kuando Kubango em colisão com Comité do Partido
- 25 março 2014
Lisboa
- Estalaram-se na província do Kuando Kubango, um clima de oposição
entre o governador Higino Lopes Carneiro e uma franja de membros do
Comité Provincial do MPLA, naquela localidade.
Fonte: Club-k.net
Por causa das crescentes mortes em hospitais
A
citada franja de membros do Comité Provincial do MPLA alega que o
governador pouco tem feito para intervir no caso das alarmantes mortes
que se tem registado nos hospitais. Diz-se que por dia morrem cinco
crianças e que há ausência de medicamentos, não obstante ao estado de
escombro que o hospital central apresenta.
Outra
preocupação dos militantes nativos prende-se com o Registro de mortes a
fome por causa da seca. A frustração dos mesmos, deve-se ao contraste
no governador Higino Carneiro que por outro lado gasta dos cofres do
Estado cerca de 2 milhões de dólares para actividades como o Festimarço
e para a feira do Gado no Cuangar.
Ainda
sobre a província, os membros do partido notam que os empresários
locais faliram e por outro lado o governador dá negócios ou primazias a
empresas brasileiras e portuguesas, conhecidas desde a altura em que
era ministro das Obras Publicas.
Carneiro,
segundo observações terá empreendido ações interpretadas como
destinadas a ofuscar os interesses empresariais do Deputado do MPLA,
Elias Piedoso Chimuco. O governador através de um “testa de ferro”
identificado por José Recio, construiu um lodge, que se diz ser com
fundos públicos, que no entender dos membros do partido ofusca o lodge
do Grupo Chicoil, em Menongue.
Os
militantes por exemplo, alegam que em finais de 2013, foram
transferidos cerca de 120 milhões de dólares para duas empresas próximas
ao governador Higino Carneiro, a SOENCO - Projectos e Consultoria,
Limitada, e NNN - Engenharia e Construção Civil, sem que estas até ao
momento tenham apresentado obras que justifique “tanto dinheiro”. A
SOENCO - Projectos e Consultoria, Limitada é gerida pelo Secretário
Geral do Governo da província, Rui Celso Fernandes da Silva, tido como o
braço direito do general.
Em
consequência dos reparos que lhe são feitos, o governador terá
instaurado um clima de receios fazendo com que os quadros se afastam
com receio de alegas represálias. O elucidado ficou visível na última
reunião do comitê provincial, na primeira semana de Março, que teve
menos de 60 por cento de militantes presentes.
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